ATLANTIQUE : AMOR COMO POLÍTICA, ESPIRITUALIDADE ANTICOLONIAL E SUAS CARTOGRAFIAS AFETIVAS

Autores/as

  • Roger Gomes Ghil Universidade Federal do Espírito Santo
  • Erly Vieira Jr. Universidade Federal do Espírito Santo

Palabras clave:

Amor, Espiritualidade, Anticolonialidade, Corpo, Território

Resumen

A partir da obra cinematográfica de longa-metragem Atlantique (Mati Diop; Bélgica, França e Senegal; 2019) como objeto de estudo, apresentaremos um mergulho inicial nas questões que atravessam nossa dissertação de mestrado em desenvolvimento atualmente. Exploraremos a forma como a diretora aponta o “amor como forma política” (NOGUERA, 2020) que, a partir da espectatorialidade, do desenvolvimento de um “olhar opositor” (HOOKS, 2019), do acesso à memória e à ancestralidade (lembrança), agencia uma performance anticolonial que reivindica, estetiza, gesta e concebe novos territórios (cartográficos e afetivos) diaspóricos, endossando a discussão sobre “multiterritorialidade” proposta por Haesbaert (2006). Por fim, entenderemos que, pensar território a partir do corpo negro é entender que este corpo - devido a sequestros e diásporas – assume o papel de carregar uma ancestralidade que, ao ser acessada pelos processos de lembrança (incorporação), aponta a forja de uma nova história. Entenderemos ainda a fundamental função das mulheres negras nos processos de manutenção da memória no processo transatlântico.

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Biografía del autor/a

Roger Gomes Ghil, Universidade Federal do Espírito Santo

Mestrando (a) do curso de Pós-Graduação em Comunicação e Territorialidades

Erly Vieira Jr., Universidade Federal do Espírito Santo

Professor orientador - Programa de Pós-Graduação em Comunicação e Territorialidades da Universidade Federal do Espírito Santo (Póscom/UFES).

Citas

ATLANTIQUE. Direção de Mati Diop. Bélgica, França e Senegal: Ad Vitam Production, 2019. 1 DVD (100 min.).

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Publicado

17-03-2022