PRÁTICAS DO CONSUMO AUDIOVISUAL: OS CINECLUBES NA FORMAÇÃO CRÍTICA DO PÚBLICO
Palabras clave:
Cinema, Consumo audiovisual, Cineclubismo, SubversãoResumen
O objetivo deste trabalho é discutir o consumo audiovisual sob a ótica de práticas de recepção cultural, entendendo o fenômeno de consumir como elemento social e objeto de uma contemporaneidade orientada, pela perspectiva de Bauman (2001), como uma era em que a própria formação das identidades passa a ser mediana para e pelo consumo. O artigo busca, ainda, em Canclini (1997; 2009) e Rocha (2006), os elementos que assumem também os filmes e os vídeos como objetos dessas expressões socioculturais para, a partir daí, avançar na discussão da cultura do consumo audiovisual numa sociedade marcada pelo predomínio de produções hollywoodianas. Depois de uma reflexão sobre o papel dos cineclubes no caminho de tencionar o próprio consumo como modo de subversão à cultura hegemônica, o estudo conclui, sustentado em duas experiências cineclubistas, que para além do acesso à produção audiovisual fora do circuito comercial, são necessárias ações políticas que permitam ao público uma apropriação crítica e autoral do consumo fílmico com uma maior proximidade e significação social.
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Citas
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