Mapeando Carreiras Criativas

Revisão Bibliométrica Global

Autores

DOI:

https://doi.org/10.47456/regec.2317-5087.2025.14.3.47427.12.33

Palavras-chave:

carreiras criativas, industrias criativas, scopus, trabalho criativo, web of science

Resumo

Este estudo realiza uma revisão bibliométrica sobre carreiras criativas, com o objetivo de mapear a produção científica global, identificar lacunas e propor uma agenda de estudos futuros. Foram analisados 166 artigos publicados nas bases Web of Science e Scopus, utilizando o software RStudio® com o pacote Bibliometrix® e o VOSviewer® para as análises bibliométricas. Os resultados apontam um crescimento expressivo das publicações sobre as carreiras criativas a partir de 2016 e as redes de cocitação evidenciam núcleos teóricos consolidados e temas emergentes, como neurociências e saúde mental com as carreiras criativas. A agenda proposta sugere investigações sobre digitalização, segmentação de setores criativos, estratégias de sobrevivência no pós-pandemia, bem como pesquisas com utilização de métodos biográficos. O estudo contribui para o avanço teórico e conceitual do campo, destacando a multidisciplinaridade como elemento central.

Biografia do Autor

  • Amanda, Universidade Federal de Lavras (UFLA)

    Amanda Oliveira Sabino é mestranda em Administração pela Universidade Federal de Lavras (UFLA), na linha de pesquisa Organizações, Gestão e Sociedade. Sua pesquisa tem como foco narrativas de carreira e trajetórias no campo artístico, com ênfase nos métodos biográficos e Estudos Organizacionais. Atua também em projetos voltados à orientação de carreiras e inclusão de jovens em situação de vulnerabilidade social.  

  • Marco, Universidade Federal de Lavras (UFLA)

    Estudante de pós-graduação em Administração na Universidade Federal de Lavras, na linha de Organizações, Gestão e Sociedade, com estudos relacionados à carreira do servidor público.

  • José, Universidade Federal de Lavras (UFLA)

    Possui graduação em Administração pelo Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Minas Gerais (IFMG-2009/2013), graduação em Ciências Contábeis pela Universidade de Franca (UNIFRAN-2017/2019), mestrado em Administração pela Universidade Federal de Lavras (DAE/UFLA-2014/2016) e doutorado em Administração pela Universidade Federal de Lavras (DAE/UFLA-2016/2019). Atualmente é professor adjunto da Universidade Federal de Lavras (UFLA), no Departamento de Administração e Economia (DAE). Na academia tem experiência na área de Administração e Contabilidade, com ênfase em finanças corporativas, controladoria, gestão de risco de crédito, mercado financeiro, de capitais e derivativos, modelagem estatística, econometria e técnicas de inteligência computacional aplicadas à área de finanças.

  • Rafaela, Universidade Federal de Lavras (UFLA)

    Estudante de pós-graduação em Administração na Universidade Federal de Lavras, na linha de Organizações, Gestão e Sociedade, com estudos relacionados à carreiras outsiders.

Referências

Adorno, T. W., & Horkheimer, M. (1985). Dialética do esclarecimento. Jorge Zahar.

Arthur, M. B., & Rousseau, D. M. (1996). The boundaryless career: A new employment principle for a new organizational era. Oxford University Press.

Arthur, M. B., Hall, D. T. & Lawrence, B. S. (1989). Generating new directions in career theory: The case for a transdisciplinary approach. In M. B. Arthur, D. T. Hall & B. S. Lawrence (Eds.), Handbook of Career Theory (pp. 7–25). Cambridge: Cambridge University Press.

Ashton, D. (2014). Creative work careers: Pathways and portfolios for the creative economy. Journal of Education and Work, 28(4), 388–406. https://doi.org/10.1080/13639080.2014.997685.

Baruch, Y. & Sullivan, S. E. (2022). The why, what and how of career research: a review and recommendations for future study. Career Development International, 27(1), 135–159.

Becker, H. (1984). Art worlds (1st ed.). University of California Press.

Bendassolli, P. F., & Wood Jr., T. (2010). O paradoxo de Mozart: Carreiras nas indústrias criativas. Organizações & Sociedade, 17(53), 259–277. https://doi.org/10.1590/S1984-92302010000200002.

Bendassolli, P. F., Wood Jr., T., Kirschbaum, C., & Cunha, M. P. (2009). Indústrias criativas: Definição, limites e possibilidades. Revista de Administração de Empresas, 49(1), 10–18. https://doi.org/10.1590/S0034-75902009000100003.

Bernard, M., Comunian, R., Jewell, S., Salvador, E., & O’Brien, D. (2024). The role of higher education in sustainable creative careers: Exploring UK theatre graduates and theatre careers. Industry and Higher Education, 38(1), 14–26. https://doi.org/10.1177/09504222231186366.

Bourdieu, P. (1993). The field of cultural production: Essays on art and literature. Columbia University Press.

Calasans, R. G., & Davel, E. P. B. (2024). Gestão de carreiras criativas: singularidades, desafios e perspectivas. Gestão Org – Revista Eletrônica de Gestão Organizacional, 22(1), 1-22.

Calasans, R. G., & Davel, E. P. B. (2020). Gestão de carreiras criativas: passado e futuro da pesquisa acadêmica. Políticas Culturais em Revista, 13(1), 113-134.

Caneppele, N., Shigaki, H. B., Ramos, H. R., & Ribeiro, I. (2023). A utilização do software VOSviewer em pesquisas científicas. Revista Ibero-Americana de Estratégia, 22(1). https://doi.org/10.5585/riae.v22i1.24970.

Cavett, E. (2022). Desire, gratification and the moment: A music analytical and psychological enquiry into the role of repetition in the music of Howard Skempton, with a response by the composer. Interdisciplinary Science Reviews, 47(1), 76–90. https://doi.org/10.1080/03080188.2022.2035100.

Cohen, N. S. (2015). Cultural work as a site of struggle: Freelancers and exploitation. In Marx and the Political Economy of the Media (Vol. 79, pp. 36–64). https://doi.org/10.1163/9789004291416_004.

Comunian, R. (2011). Rethinking the creative class: The role of universities in the creative economy. Journal of Cultural Economics, 35(3), 127–141. https://doi.org/10.1007/s10824-011-9140-2.

Comunian, R., & England, L. (2020). Creative and cultural work without filters: Covid-19 and exposed precarity in the creative economy. Cultural Trends, 29(2), 112–128. https://doi.org/10.1080/09548963.2020.1750977.

DCMS. (2006). Creative industries mapping document. Department for Digital, Culture, Media & Sport. https://www.gov.uk/government/organisations/department-for-digital-culture-media-sport.

Dias, J. M. N., & Lima, A. C. C. (2021). Indústrias criativas no Brasil: Mapeamento de aglomerações produtivas potenciais e sua contribuição para o desenvolvimento local. Economia e Sociedade, 30(3), 1069–1093. https://doi.org/10.1590/1982-3533.2021v30n3a06.

Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro. (2014). Mapeamento da indústria criativa no Brasil (44 p.). Sistema FIRJAN. https://casafirjan.com.br/publicacoes/mapeamento-da-industria-criativa.

Fidelis, J. R. F., Santos, R. N. M., & Kobashi, N. Y. (2009). Bibliometria, cientometria, infometria: Conceitos e aplicações. Tendências da Pesquisa Brasileira em Ciência da Informação, 2(1). https://doi.org/10.20396/tpbci.v2i1.8669895

Filser, L. D., SIlva, F. F., & Oliveira, O. J. (2017). State of research and future research tendencies in lean healthcare: A bibliometric analysis. Scientometrics, 112(2), 799–816. https://doi.org/10.1007/s11192-017-2279-x.

Fuerst, H. (2023). Continuing in a creative career: Claiming an artistic identity and aligning trajectories among early career novelists. Poetics, 100, 101818. https://doi.org/10.1016/j.poetic.2023.101818.

Furst, H. (2022). The curse of the difficult second book: Continuation and discontinuation in early literary careers. Poetics, 92, 101642. https://doi.org/10.1016/j.poetic.2021.101642.

Garza-Reyes, J. A. (2015). Lean and green – A systematic review of the state of the art literature. International Journal of Lean Six Sigma, 6(3), 230–266. https://doi.org/10.1108/IJLSS-03-2014-0010.

Gunz, H., Mayrhofer, W., & Tolbert, P. (2011). Career as a social and political phenomenon in the globalized economy. Organization Studies, 32(12), 1613–1620.

Gunz, H., & Mayrhofer, W. (2017). Rethinking career studies: Facilitating conversations across boundaries with the social chronology framework. Cambridge University Press. https://doi.org/10.1017/9781107414952.

Gunz, H. & Peiperl, M. A. (Eds.) (2007). Handbook of Career Studies. Thousand Oaks, CA: Sage Publications.

Hall, D. T. (1976). Careers in organizations. Scott Foresman.

Hall, D. T. (1996). Protean careers of the 21st century. Academy of Management Executive, 10(4), 8–16. https://doi.org/10.5465/ame.1996.3145315

Hesmondhalgh, D. (2019). The cultural industries (4th ed.). Sage Publications.

Hessen, J. (2012). Teoria do conhecimento (A. Correia, Trad., 4ª ed.). WMF Martins Fontes.

Hughes, E. C. (1958). Men and their work. The Free Press.

Jenal, S., Vituri, D. W., Ezaías, G. M., Silva, L. A. D., & Caliri, M. H. L. (2012). O processo de revisão por pares: Uma revisão integrativa de literatura. Acta Paulista de Enfermagem, 25(5), 802–808. https://doi.org/10.1590/S0103-21002012000500024.

Khapova, S. N. & Arthur, M. B. (2011). Interdisciplinary approaches to contemporary career studies. Human Relations, 64(1), 3–17.

Kerrigan, S., Grushka, K., Chand, A., Street, K., Shadbolt, J., & Lawry, M. (2023). Creative industries careers: Shifting aspirations and pathways from high school to university – a NSW case study. The Australian Educational Researcher, 50, 1663–1681. https://doi.org/10.1007/s13384-022-00574-9.

Leung, H., & Burwell, K. (2022). Pierre Sancan: “Master of the Masterclass”. Journal of Research in Music Education, 70(2), 153–166. https://doi.org/10.1177/

15366006221144333.

Luckman, S. (2018). Cultural policy and creative industries. In V. Durrer, T. Miller, & D. O’Brien (Eds.), The Routledge handbook of global cultural policy (pp. 341–354). Routledge.

May, T., Green, A., & Williams, R. (2022). Socioeconomic and psychosocial adversities experienced by freelancers working in the UK cultural sector during the COVID-19 pandemic: A qualitative study. Frontiers in Psychology, 13, 672694. https://doi.org/10.3389/fpsyg.2021.672694.

Mayrhofer, W., Briscoe, J., Dickmann, M., Hall, D. T., & Parry, E. (2023). Careers: What they are and how to look at them. In J. Briscoe, M. Dickmann, D. T. Hall, W. Mayrhofer, & E. Parry (Eds.), Understanding careers around the globe: Stories and sourcebook (pp. 2–8). Edward Elgar Publishing. https://doi.org/

10.4337/9781035308415.00006.

Menger, P. M. (2014). The economics of creativity: Art and achievement under uncertainty. Harvard University Press.

Mints, Z. G., & Lotman, I. (1974). The individual creative career and the typology of culture codes. Soviet Studies in Literature, 10(3), 53–78.

Oakley, K., & O’Connor, J. (Eds.). (2015). The cultural industries – An introduction. In The Routledge companion to the cultural industries (pp. 1–32). Routledge. https://doi.org/10.4324/9780203797039.

Patel, K. (2022). In conversation with Deirdre Figueiredo MBE, Director of Craftspace. European Journal of Cultural Studies, 25(6), 1652–1644. https://doi.org/10.1177/13675494221136615

Peterson, R. A., & Anand, N. (2004). The production of culture perspective. Annual Review of Sociology, 30, 311–334. https://doi.org/10.1146/annurev.soc.

30.020403.082450.

Prado, J. W., Silva, M. E., Santos, E. A., & Alencar, L. S. (2016). Multivariate analysis of credit risk and bankruptcy research data: A bibliometric study involving different knowledge fields (1968–2014). Scientometrics, 106(3), 1007–1029.

Pritchard, A. (1969). Statistical bibliography or bibliometrics? Journal of Documentation, 25(4), 348–349.

RStudio Team. (2023). RStudio: Integrated Development Environment for R (Version 2023.06.0+421). Posit Software. https://posit.co.

Rodrigues, R. S., Quartiero, E., & Neubert, P. (2015). Periódicos científicos brasileiros indexados na Web of Science e Scopus: Estrutura editorial e elementos básicos. Informação & Sociedade, 25(2).

Simonton, D. K. (1991). Career landmarks in science: Individual differences and interdisciplinary contrasts. Developmental Psychology, 27(1), 119–130. https://doi.org/10.1037/0012-1649.27.1.119.

Smith, C. & McKinlay, A. (Eds.) (2009). Creative Labour: Working in the Creative Industries. Basingstoke, UK: Palgrave Macmillan.

Soares, F. M. A., & Saraiva, L. A. S. (2019). A organização da arte e as práticas dos artistas: adequação a partir das margens? In Anais do 43º Encontro da ANPAD – EnANPAD (São Paulo, SP). ANPAD.

UNESCO. (2021). Culture in crisis: Policy guide for a resilient creative sector. Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura.

Valenti, G. D., & Silva, R. S. (1995). Trabalho criativo e ética: O início da nova história. Revista de Administração de Empresas, 35(1), 22–29.

Van Eck, N. J., & Waltman, L. (2010). Software survey: VOSviewer, a computer program for bibliometric mapping. Scientometrics, 84(2), 523–538. https://doi.org/10.1007/s11192-009-0146-3.

Zaeske, L. M., Harris, T. P., Williams, A., Long, H., Kerr, B. A., & Birdnow, M. (2022). Adolescent technology-use and creative activities during COVID-19: A qualitative study. Thinking Skills and Creativity, 46, 101059. https://doi.org/10.1016/j.tsc.2022.101059

Downloads

Publicado

22-09-2025

Edição

v. 14 n. 3 (2025)

Seção

Edição Especial Criatividade(s): caminhos, interfaces e contextos na área organizacional no Brasil

Licença

Os direitos autorais dos originais aprovados serão automaticamente transferidos à Revista, como condição para sua publicação, e para encaminhamentos junto às bases de dados de indexação de periódicos científicos.

Esta cessão passará a valer a partir da submissão do manuscrito, em formulário apropriado, disponível no Sistema Eletrônico de Editoração da Revista.

A revista se reservará o direito de efetuar, nos originais, alterações de ordem normativa, ortográfica e gramatical, com vistas a manter o padrão culto da língua e a credibilidade do veículo. Respeitará, no entanto, o estilo de escrever dos(as) autores(as).

Alterações, correções ou sugestões de ordem conceitual serão encaminhadas aos(às) autores(as), quando necessário. Nesses casos, os artigos, depois de adequados, deverão ser submetidos a nova apreciação.

As provas finais serão encaminhadas aos(às) autores(as).

Os trabalhos publicados passarão a ser de propriedade da Revista, ficando sua re-impressão (total ou parcial) sujeita à autorização expressa da Revista. Em todas as citações posteriores, deverá ser consignada a fonte original de publicação: Revista Gestão & Conexões.

A Universidade Federal do Espírito Santo e/ou quaisquer das instâncias editoriais envolvidas com o periódico não se responsabilizarão pelas opiniões, idéias e conceitos emitidos nos textos. As opiniões emitidas pelos(as) autores(as) dos artigos serão de sua exclusiva responsabilidade.

Em todo e qualquer tipo de estudo que envolva situações de relato de caso clínico é fundamental o envio de cópia do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido assinado(s) pelo(s) paciente(s).

 

Como Citar

Mapeando Carreiras Criativas: Revisão Bibliométrica Global. (2025). Revista Gestão & Conexões, 14(3), 12.33. https://doi.org/10.47456/regec.2317-5087.2025.14.3.47427.12.33

Artigos Semelhantes

1-10 de 136

Você também pode iniciar uma pesquisa avançada por similaridade para este artigo.