Ocorrência de óbitos de causa violenta em menores de 18 anos, na cidade de Cuiabá, entre os anos de 2015 e 2016

Autores

  • Aline Bruehmueller Ale Fernandes
  • Igor Lucas Pinheiro de Sousa Centro Universitário de Várzea Grande - UNIVAG
  • Jordana Gasparelo Santi
  • Maristela da Silva Andreoni
  • Paulo Luiz Batista Nogueira

DOI:

https://doi.org/10.47456/rbps.v22i4.24116

Palavras-chave:

Mortalidade, Crianças, Adolescentes, Causas externas, Medicina Legal

Resumo

Introdução: O perfil de óbitos em menores de 18 anos no Brasil mudou de forma considerável após a urbanização do País, quando com o aumento populacional a criminalidade também começou a se intensificar, e os indivíduos passaram a ser mais vulneráveis à violência. Objetivo: O principal objetivo deste estudo é analisar a frequência e as características de mortes violentas em menores de 18 anos, ressaltando as causas predominantes de forma geral e específicas para grupos de indivíduos. Métodos: Foi realizado um estudo epidemiológico descritivo do tipo transversal, retrospectivo, no Instituto Médico Legal (IML) da cidade de Cuiabá, no estado do Mato Grosso, nos anos de 2015 e 2016. Resultados: Os resultados demonstraram que as causas de morte externa têm sido responsáveis pela maioria dos óbitos, especificamente os acidentes de trânsito e a perfuração por arma de fogo. O maior percentual foi de indivíduos entre 13 e 18 anos e do sexo masculino. Conclusão: O aumento de óbitos por causas violentas tem sido explicado pelo fato de os jovens estarem em contato com a criminalidade cada vez mais precocemente, sendo expostos a agressões, perfuração por arma de fogo e acidentes com frequência. Os não brancos, do sexo masculino, que estão na faixa etária de 13 a 18 anos, são os mais vulneráveis a essas causas de morte. Além da violência, as crianças e adolescentes vêm sendo vítimas dos acidentes, especificamente de trânsito, responsáveis por 21,5% das causas de óbito.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Igor Lucas Pinheiro de Sousa, Centro Universitário de Várzea Grande - UNIVAG

Acadêmico do quarto ano de medicina

Referências

1. Minayo MCS. A violência na adolescência: um problema de saúde pública. Cadernos de Saúde Pública.1990; 6: 278-292.
2. DATASUS [Internet]. Brasília(DF): 2010. Informações de Saúde, Sistema de Informações sobre Mortalidade. [citado 10 de junho 2018]. Disponível em: http://www.datasus.gov.br.
3. Minayo MCS, Souza ER. Violência para todos. Cadernos de Saúde Pública. 1993; 9: 65-78.
4. Brasil. Estatuto da Criança e do Adolescente, Câmera dos Deputados, Lei n. 8.069, de 13 de julho de 1990. DOU de 16/07/1990, ECA. Brasília, DF.
5. Brasil. Ministério da Saúde. Violência faz mal à saúde. Brasília: Ministério da Saúde; 2006.
6. Barros MDA, Ximenes RL, Maria LC. Mortalidade por causas externas em crianças e adolescentes: tendências de 1979 a 1995. Revista de Saúde Pública. 2001;35: 142-149.
7. IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Censo Demográfico. Características gerais da população, religião e pessoas com deficiência. Rio de Janeiro: 2012.
8. Matos KF, Martins CBG. Perfil epidemiológico da mortalidade por causas externas em crianças, adolescentes e jovens na capital do Estado de Mato Grosso, Brasil, 2009. Epidemiologia e serviços de saúde.2012; 21(1):43-53.
9. Fonzar UJV. Análise espacial da mortalidade por causas externas do município de Maringá. Acta Sci Health sci. 2008;30(2):145-154
10. Martins CBG, Andrade SM. Causas externas entre menores de 15 anos em cidade do Sul do Brasil: atendimentos em pronto-socorro, internações e óbitos. Revista Brasileira de Epidemiologia. 2005; 8: 194-204.
11. Costa IER, Ludermir AB; Avelar I. Violência contra adolescentes: diferenciais segundo estratos de condição de vida e sexo. Ciência & Saúde Coletiva. 2007; 12: 1193-1200.
12. Neto PFV, Siqueira BPJ, Nery AA, Casotti CA.Tendência da mortalidade masculina por causas externas. Revista de enfermagem UFPE. 2015; 9 (5): 7877-7886.
13. Agranonik M, Furstenau CR, Bandeira MD. Aspectos da mortalidade de crianças e adolescentes por causas externas no RS, em 2000-14. Indicadores Econômicos FEE. 2017; 44(4): 53-64
14. Minayo MCS. Violência social sob a perspectiva da saúde pública. Cadernos de saúde pública. 1994; 10: S7-S18.
15. Assis SG. Crianças e adolescentes violentados: passado, presente e perspectivas para o futuro. Cadernos de saúde pública. 1994; 10: S126-S134.
16. Santos WN, Silva RAR, Figueiredo TAM, Coqueiro JM. Fatores de riscos e estratégias preventivas para os acidentes de trânsito: revisão integrativa. Journal of Nursing UFPE/Revista de Enfermagem UFPE. 2016; 10 (9).

Arquivos adicionais

Publicado

14-06-2021

Como Citar

Bruehmueller Ale Fernandes, A. ., Lucas Pinheiro de Sousa, I., Gasparelo Santi, J. ., da Silva Andreoni, M., & Luiz Batista Nogueira, P. (2021). Ocorrência de óbitos de causa violenta em menores de 18 anos, na cidade de Cuiabá, entre os anos de 2015 e 2016. Revista Brasileira De Pesquisa Em Saúde Brazilian Journal of Health Research, 22(4), 130–136. https://doi.org/10.47456/rbps.v22i4.24116

Edição

Seção

Artigos Originais