Frequência do antígeno Dia em acadêmicos de uma universidade do estado de Santa Catarina

Autores

DOI:

https://doi.org/10.47456/rbps.v24i3.38125

Palavras-chave:

Grupos sanguíneos, Antígenos, Fenótipo

Resumo

Introdução: O Antígeno Diª faz parte do sistema de grupo sanguíneo Diego. Ele possui baixa frequência na população em geral (1 a 6%), porém com frequência maior em população asiática (10%) e indígena (36%). A composição étnica brasileira tem influência da etnia indígena. Objetivos: Identificar portadores do antígeno Diª e estabelecer a frequência fenotípica dele em universitários de uma universidade do estado de Santa Catarina-Brasil, detectar portadores de fenótipo raro DI (a+ b-) e contribuir com informações para a indústria de reagentes em hemodiagnóstico na confecção de reagentes para identificação desses anticorpos irregulares. Métodos: Foram coletadas 65 amostras de sangue submetidas ao método de fenotipagem eritrocitária para identificação do antígeno Diª através de testes de hemagluitinação em tubo, com soro anti-Diª. Dos arrolados para pesquisa, foram coletados dados referentes a naturalidade, descendência étnica e informações sobre transfusão sanguínea, doação de sangue e histórico de doenças dos participantes. Resultados: A fenotipagem para o antígeno Diª foi positiva em 1,5% da amostra. A amostra positiva se tratava de um indivíduo com descendência indígena, natural de uma região cuja população indígena fazia parte da composição étnica. Da amostra estudada, 25,8% dos participantes declararam-se com descendência indígena. Conclusão: Embora infrequente, é possível identificar o antígeno Diª na população estudada, uma vez que a etnia indígena faz parte da composição étnica.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

International Society of Blood Transfusion |ISBT | The International Society of Blood Transfusion (ISBT) [Internet]. Red Cell Immunogenetics and Blood Group Terminology | ISBT Working Party; Jun 2021.

Junqueira PC, Castilho L. The history of the Diego blood group. Revista Brasileira de Hematologia e Hemoterapia. Mar 2002;24(1):15-23.

Figueroa D. The Diego blood group system: a review. Immuunohematology/ American Red Cross. 2013;29(2):73-81.

Bégat C, Bailly P, Chiaroni J, Mazières S. Revisiting the diego blood group system in amerindians: Evidence for gene-culture comigration. Plos One. 2015;10(7):1-14.

Cozac APCNC. Estudo do polimorfismo do sistema sanguíneo Diego em populações de brancos, asiáticos, negros, índios e doadores de sangue da região de Ribeirão Preto. [dissertação]. Ribeirão Preto: Universidade de São Paulo; 2004.

Nathalang O, Panichrum P, Intharanut K, Thattanon P, Nathalang S. Distribution of DI*A and DI*B Allele Frequencies and Comparisons among Central Thai and Other Populations. PLOS ONE. Out 2016;11(10):1-11.

Chesor M, Mitundee S, Nathalang S, Thattanon P, Intharanut K, Tobunluepop P, Nathalang O. DI*A and DI*B Allele Frequencies Among Southern Thai Blood Donors. Indian Journal of Hematology and Blood Transfusion. Out 2017;34(3):506-9.

Baleotti WJ. Estudo molecular dos alelos DI A/DI B e da banda 3-Memphis na população brasileira. Revista Brasileira de Hematologia e Hemoterapia. Dez 2002;24(4).

Costa, D. C. Investigação do poliformismo de genes de grupos sanguíneos em doadores voluntários de sangue e em pacientes com hemopatias no estado de Santa Catarina; Repositório Institucional da UFSC; 2016.

Shorner EJ. et al. Incidência do fenótipo Diego A (Di a) em doadores de sangue da Hemorrede de Santa Catarina. Hemosc. 2011.

Jethava A, Olivares E, Shariatmadar S. A Case of Hemolytic Disease of the Newborn due to Dia Antibody. Case Reports in Pediatrics. 2015;2015:1-3.

Góngora, F. B.; Chiriboga-Ponce, R. F. Frecuencia del antígeno y aloanticuerpos del sistema Diego en donantes de sangre. Gaceta de Mexico. Jan 2018;154(1).

Reid ME, Lomas-Francis C. The Blood Group Antigen FactsBook. Elsevier; 2004. ABO blood group system; p. 19-28.

Xu XG, He J, He YM, Tao SD, Ying YL, Zhu FM, et al. Distribution of Diego blood group alleles and identification of four novel mutations on exon 19 of SLC4A1 gene in the Chinese Han population by polymerase chain reaction sequence-based typing. Vox Sanguinis. Set 2010;100(3):317-21.

Girello AL, Kühn TIBB. Fundamentos da imuno-hematologia eritrocitária. 3. ed. São Paulo: SENAC/SP; 2011. 304 p.

Roberto P., Martins J, Soares S. Pesquisa de aloimunização após transfusão de concentrados de hemácias em um estudo prospectivo. 2012.

Ferreira ÂM et al. Imuno-hematologia Laboratorial. 2014; v.1.

Novaretti MCZ, Llacer PED, Chamone DAF. Estudo de grupos sangüíneos em doadores de sangue caucasóides e negróides na cidade de São Paulo. Revista Brasileira de Hematologia e Hemoterapia. 2020;22(1):23-32.

Manta FSN, Pereira R, Vianna R, Beuttenmüller ARR, Gitaí DLG, Silva DA, et al. Revisiting the Genetic Ancestry of Brazilians Using Autosomal AIM-Indels. Plos one. 2013;8(9).

Censo Demográfico 2010. Características da população. Santa Catarina: IBGE; 2010.

Carvalho DRS, Santos FR; Rocha J, Pena SD. The phylogeography of Brazilian chromosome lineages. Am J Hum Genet. 2001;68:281-286.

Parra FC, Amado RC, Lambertucci JR, Rocha J, Antunes CM, Pena SD. Color and genomic ancestry in Brazilians. Proceedings of the National Academy of Sciences. Dez 2002;100(1):177-82.

Downloads

Publicado

04.04.2023

Como Citar

1.
de Souza P, Cobianchi da Costa D, Geraldo A, de Borba Batschauer AP de BB, Bortolozo F. Frequência do antígeno Dia em acadêmicos de uma universidade do estado de Santa Catarina. RBPS [Internet]. 4º de abril de 2023 [citado 22º de dezembro de 2024];24(3):39-45. Disponível em: https://periodicos.ufes.br/rbps/article/view/38125

Edição

Seção

Artigos Originais