Arte socialmente engajada como estratégia para problematizar a ditadura militar no Espírito Santo

Autores

  • Evelyn Camila da Silva Pinheiro

Resumo

A arte socialmente engajada pode ser definida como práticas artísticas de caráter interventivo, participativo e processual que se propõem a problematizar questões socioambientais. Essa forma de ativismo consolida-se, para Paulo Raposo, como reivindicação social e ruptura artística. “Artivistas” brasileiros consagrados como Cildo Meirelles e Artur Barrio usaram o regime militar brasileiro como base de seus projetos sociais, definidos por Frederico Morais como contra-arte ou arte de guerrilha. Esse estudo de mestrado em andamento aborda a arte socialmente engajada e como se configurou durante a Ditadura Militar Brasileira, e também analisa os impactos sociais deste regime na formação e no crescimento populacional e econômico do Estado do Espírito Santo durante seu processo de modernização. Assim como artistas que atuaram durante a vigência da ditadura, pesquisa também analisou a exposição de Rafael Pagatini intitulada Fissuras que aconteceu no MIS, em São Paulo, em 2016, e na Galeria de Arte Espaço Universitário – UFES em 2017, exposição que, por meio das relações entre arte, política e história, apresenta o discurso do progresso, suas formas de construção da memória e do poder, a participação de empresas privadas no governo militar, a perseguição a organizações sociais pelo DOPS/ES e o modelo de família favorável ao golpe promovendo uma profunda reflexão sobre a ditadura e a sociedade contemporânea. A Arte Socialmente Engajada e a Sociologia se misturam em temáticas de interesse comum, não tendo necessariamente a intenção de mudar o mundo, mas são fortes ferramentas por provocar questionamentos.

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Edição

Seção

Estudos socioambientais, culturas e identidades