A abordagem explicativa causal de Anibal Pèrez-Liñán se aplica ao impeachment de Dilma Roussef?

Resumen

Quedas de presidentes por impeachment surgiram na América Latina em 1992, com o Brasil. Depois, foi a vez da Venezuela (1993); Colômbia (1996); Equador (1997); Paraguai (1999, 2003, 2012). Diante desse histórico, estudiosos como Pèrez-Liñán se empenham no desenho de um padrão teórico explicativo acerca dessas quedas, sugerindo as seguintes variáveis causais: política neoliberal; protagonismo dos meios de comunicação; escândalos de corrupção; mobilização social de massa e crises presidenciais. O objetivo da pesquisa é responder se essas causas também estiveram presentes no caso Dilma Roussef, em 2016, conforme sugere o modelo teórico causal. A metodologia será análise qualitativa combinada com métodos estatísticos, com desenho de estudo de caso mais aprofundado, que nos permitirá observar o conjunto de fatores que permearam a queda brasileira. A pesquisa é relevante nos campos social e econômico visto que a substituição do governo provocou uma drástica mudança na política econômica e social por meio dos cortes orçamentários, especialmente, nas áreas de educação e saúde. No campo da pesquisa científica, o estudo de caso Dilma, poderá preencher a lacuna deixada no estudo sobre quedas de governos por impeachment na América Latina, tendo em vista que a obra do autor foi finalizada em 2007. Na ciência política esse trabalho poderá contribuir numa abordagem teórica de construção de um padrão em torno do estudo de crises presidenciais que levam à queda de governos e que geram instabilidade em regimes democráticos.