A luta contra o racismo e contra a decolonialidade para uma brasilidade
Résumé
As evidências de um racismo estrutural, forjado na translação conceitual eurocêntrica , absorvida pela nossa intelectualidade por meio da colonialidade mental , tendo como base as teorias racialistas e eugênicas que predominaram na Europa Ocidental no final século XIX e início do século XX, ganhando grande receptividade em terras brasileiras, fundamentaram a formação do pensamento social brasileiro e vários setores de nossa sociedade e impregnou-se no interior do Estado a partir das suas composições antidemocráticas que perduraram por um amplo período. Este fenômeno de conformação do pensamento social brasileiro com fortes indícios racialistas não se desenvolveu sem uma resistência epistemológica a qual procuramos evidenciar através do conceito da “redução sociológica” cunhado por Guerreiro Ramos, o qual visualizava uma análise crítica dos conceitos pretensamente universalizantes advindos do ocidente e absorvido integralmente por nossas elites, exigindo a necessidade de ter como paradigma a realidade histórico social brasileira. Para tanto, desenvolveremos por meio de uma pesquisa bibliográfica e da intertextualidade com diversos de seus comentadores e outros autores brasileiros consagrados da época, além do diálogo com Anibal Quijano através da colonialidade do poder e Walter Mignolo com o giro decolonial , onde busco confrontar as evidencias da conformação do racismo estrutural no interior da nossa sociedade.