Estrutura, competição e cooperação em eleições proporcionais
Abstract
Eleições proporcionais no Brasil contam até com centenas de candidatos e são imprevisíveis por pesquisas amostrais. Em geral são vistas como uma guerra de todos contra todos. Contudo, nos bastidores, eleitos são previstos com precisão considerável. Esse dado empírico sustentaria a existência de uma estrutura subjacente a essas eleições? Apontamos três indícios nesse sentido. (i) A primeira relaciona-se a possíveis equilíbrios competição-cooperação; (ii) a segunda consiste em compreender a estrutura a partir da redução da incerteza e aproximação das distribuições de votos para funções da família Weibull; (iii) a terceira trata da previsibilidade dos resultados a partir de bolsas de apostas com apenas duas variáveis: a previsão de votos dos candidatos e de cadeiras das coligações. Implicações teóricas e práticas do modelo são discutidas ao longo do artigo.