O USO DA TECNOLOGIA ASSISTIVA PARA ALUNOS COM DEFICIÊNCIA INTELECTUAL
UM CONVITE AO DIÁLOGO
Resumo
O presente resumo apresenta um recorte inicial da dissertação de mestrado, intitulada: O Uso dos Recursos de Tecnologia Assistiva para Alunos com Deficiência Intelectual da Rede Municipal de Pedro Canário, ES, cujo objetivo é analisar como o uso da Tecnologia Assistiva é inserido como prática cotidiana no processo de ensino-aprendizagem aos alunos com deficiência intelectual de uma escola dos anos finais do ensino fundamental de Pedro Canário – ES. Há um índice significativo de alunos com laudos médicos, que possuem deficiência intelectual, nos anos finais do ensino fundamental da rede municipal de Pedro Canário, ES. Enquanto docente da rede e coordenadora municipal da Educação Especial, tornou-se relevante a discussão das metodologias no âmbito do fazer docente no sentido de investigar as questões inerentes as legislações por um viés embasado nos documentos oficiais, grupo focal, observações em sala de aula, mediados pelas construções de saberes que os professores utilizam no cotidiano escolar para realizar suas tarefas na escola. Nesse contexto, sugere-se que o entrelaçamento dos campos da tecnologia assistiva com a deficiência intelectual, na linha de análise da perspectiva Histórico-Cultural se planejados pelo docente, e adequada às necessidades de aprendizagem dos alunos, possibilita ao sujeito, avanços nos processos de desenvolvimento de suas potencialidades. Este estudo se referencia teórica e metodologicamente na abordagem histórico-cultural de desenvolvimento humano elaborada por Vigotski (2011) no campo da defectologia. Seus estudos entre a década de 1924 a 1934 sinalizavam uma modificação na forma de compreensão da deficiência, com o intuito de livrar a criança do viés biologizante da aprendizagem e consequentemente desenvolver suas potencialidades. Nesse sentido, os dados coletados serão analisados à luz das contribuições da perspectiva Histórico-Cultural no campo da defectologia, bem como, demais autores da Educação Especial. A pesquisa está em fase de estudos teóricos, não tendo sido ainda desenvolvida no espaço escolar. Percebe-se que este é um caminho pouco discutido, mas com grande relevância e muitas contribuições. Deste modo, o uso da Tecnologia Assistiva na atualidade está associado ao que Vigotski (2011), dizia sobre os caminhos alternativos e indiretos. Para ele, a aprendizagem das pessoas com deficiência ocorre de maneira igual às das pessoas sem deficiência, porém, os caminhos necessitam de modificações, tal como um currículo acessível para a construção de uma educação de fato inclusiva.