A PROPAGAÇÃO DO PENSAMENTO COLONIAL NAS PRÁTICAS PEDAGÓGICAS DA EDUCAÇÃO BÁSICA
Abstract
Resumo
Este artigo tem por objetivo evidenciar a necessidade de desenvolver um processo formativo implicado à temática dos povos indígenas, a fim de investigar a interferência do pensamento colonial na ideologia dos educadores e reproduzida nas relações educativas e práticas pedagógicas na Educação Básica, tendo em vista que a história registrada pelos colonizadores em detrimento das histórias dos povos indígenas e reverberada ao longo dos anos, não revela o projeto opressor de invisibilidade desses povos ancestrais. Séculos depois, essa realidade ainda se propaga através de comportamentos colonizados e opressores como o não reconhecimento e valorização das minorias nas práticas pedagógicas e quando ocorrem, na maioria das vezes, é meramente para o cumprimento da legislação. Diante desta realidade buscar-se-á a vivência formativa que irá se propagar no município de São Gabriel da Palha com educadores de diferentes escolas da Educação Básica. A circularidade de literaturas indígenas também é um potente artefato na formação continuada que será utilizada para o fomento de outras perspectivas de aprendizagens, contextualizadas e significativas, tecendo uma consciência coletiva de descolonização e despadronização de práticas, métodos e currículos engessados na Educação Básica. Conclui-se quanto a necessidade de pesquisas que contribuam para a desconstrução de pensamentos e práticas colonizadoras na Educação Básica e a ruptura da perpetuação do projeto opressor de homogeneidade que fere o direito dos povos subalternos e favorece a classe dominante.
Palavras-chave: formação; literatura; desconstrução; indígenas.
training; literature; deconstruction; indigenous.