INFÂNCIA, DIFERENÇA E INCLUSÃO: UM OLHAR CRÍTICO SOBRE A PATOLOGIZAÇÃO ESCOLAR
Resumo
INFÂNCIA, DIFERENÇA E INCLUSÃO: UM OLHAR CRÍTICO SOBRE A PATOLOGIZAÇÃO ESCOLAR
NEVES, Vagner Rangel1
Resumo
O presente trabalho tem como objetivo analisar como os discursos e práticas escolares contribuem para a patologização das diferenças na infância, refletindo sobre os impactos da medicalização na inclusão educacional. A pesquisa parte do reconhecimento de que, em muitos contextos escolares, comportamentos infantis como inquietude, distração ou dificuldade de concentração são rapidamente interpretados como sinais de transtornos, o que leva à busca de diagnósticos e tratamentos médicos. A justificativa centra-se na urgência de repensar a função social da escola, que deve acolher a diversidade e promover o desenvolvimento integral das crianças, e não reproduzir mecanismos de exclusão simbólica. Metodologicamente, trata-se de uma pesquisa bibliográfica e analítica, fundamentada em autores que discutem a educação inclusiva, a infância e a crítica à medicalização. Os resultados evidenciam que a medicalização reforça um modelo de normalidade excludente, reduzindo a infância a padrões comportamentais e cognitivos idealizados. Conclui-se que é fundamental que a escola, em parceria com as famílias e os profissionais de saúde, assuma um papel crítico frente à medicalização, promovendo práticas pedagógicas que reconheçam as diferenças como dimensões constitutivas do ser humano e da aprendizagem.
Palavras-chave: Infância. Diferença. Inclusão. Medicalização. Escola.
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