ENTRE RASTROS E SILENCIAMENTOS DA INFÂNCIA: PROCESSOS DE MEDICALIZAÇÃO
Resumo
Neste artigo propomos a pensar a infância como potência de criação convocamos o poeta Manoel de Barros que nos traz a imagem do pente que nas mãos de uma criança torna-se múltiplos mundo , o texto nos aponta caminhos de uma infância para além das categorias adultocentradas . Ela não imita mas cria mundo a partir dos restos e fragmentos, desorganiza a lógica adulta e fabula mundos. A medicalização e a medicamentalização operam como dispositivo de silenciamento que muitas vezes transformam gestos e invenção em sinais e sintomas, apagando a dimensão social , cultural e política da infância. A aposta ética, estética e política emerge da imagem do pente do poema de Manoel de Barros a tornar-se um educador trapeiro que colhe rastros, restos, acompanha traços descontínuos, gestos e singularidades, recusa-se a fechar em diagnósticos e normas de desenvolvimento, recolhendo os fragmentos da infância para compor mundos
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