DIVISÕES SOCIAL, RACIAL E SEXUAL DO TRABALHO NA PRODUÇÃO DO ESPAÇO URBANO

Autores/as

Resumen

As relações sociais de classe, raça e sexo são constituintes da produção do espaço geográfico e, consequentemente, se materializam nele, o que pode ser notado a partir da observação de espaços públicos urbanos. Adotando a perspectiva materialista, dialética e consubstancial, buscamos compreender como a divisão social, racial e sexual do trabalho produzem o espaço urbano. Para isso, a segregação, o território e a relação entre o espaço público e o espaço doméstico interagem criando peculiaridades e padrões no que se refere à organização do espaço, sendo atravessados por essas relações sociais, o que torna estes conceitos fundamentais para a pesquisa e para a elaboração de possíveis caminhos na transformação social.

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Biografía del autor/a

Crislane Palma da Silva Rosa, Universidade Federal da Bahia

Aluna regular do mestrado no Programa de Pós-Graduação em Geografia, UFBA (Universidade Federal da Bahia). Licenciada e Bacharel em Geografia na UFBA.

Citas

ALMEIDA, Silvio. O que é Racismo Estrutural? Belo Horizonte (MG): Letramento, 2018.

CIAGS/UFBA; SEMA. O Caminho das Águas em Salvador: Bacias Hidrográficas, Bairros e Fontes / Elisabete Santos, José Antonio Gomes de Pinho, Luiz Roberto Santos Moraes, Tânia Fischer, Organizadores. Salvador: 2010.

CISNE, Mirla. Feminismo e Consciência de Classe no Brasil. São Paulo: Cortez, 2014.

____________. Relações Sociais de Sexo, “Raça/Etnia” e Classe: Uma análise feminista materialista. Temporalis, Brasília, ano 14, n. 28, p. 133-149, jul./dez. 2014b.

CONDER. Painel de Informações: Dados Socioeconômicos do Município de Salvador por Bairros e Prefeituras-Bairro. Disponível em: <www.conder.ba.gov.br>. Salvador, Agosto de 2016.

CORRÊA, Roberto Lobato. Segregação Residencial: Classes Sociais e Espaço Urbano. In: VASCONCELOS, P.; CORRÊA, R. L.; PINTAUDI, S. (Org.). A cidade contemporânea: segregação espacial. São Paulo: Contexto, 2016. p. 39-60

CORRÊA, Roberto Lobato. O Espaço Urbano. São Paulo: Ática, 2004

DAVIS, Ângela. Mulheres, Raça e Classe. São Paulo: Boitempo, 2016.

ENGELS, Friederich. A Origem da Família, da Propriedade Privada e do Estado. 3. ed. São Paulo: Global, 1984.

Estatísticas de Gênero, IBGE 2017. Disponível em: <https://ww2.ibge.gov.br/apps/snig/v1/?loc=0&cat=&tema=4691>. Acesso em 10 de janeiro de 2018.

CURIEL, O.; FALQUET, J.. Introdução. In: FERREIRA, V.; Ávila, M. B.; FALQUET, J.; ABREU, M (Org.). O patriarcado desvendado: teorias de três feministas materialistas: Colette Guillaumin, Paola Tabet e Nicole-Claude Mathieu. Recife: SOS Corpo, 2014. p. 7-26

FANON, Frantz. Pele negra, máscaras brancas. Salvador: EDUFBA, 2008.

GARCIA, Antonia dos Santos. Desigualdades Raciais e Segregação Urbana em Antigas Capitais: Salvador, Cidade d’Oxum e Rio de Janeiro, Cidade d’Ogum. Rio de Janeiro: Gramond, 2009.

____________. Mulheres da cidade d’Oxum. Salvador: EDUFBA, 2006.

GUILLAUMIN, Colette. Prática do poder e ideia de natureza. In: FERREIRA, V.; Ávila, M. B.; FALQUET, J.; ABREU, M (Org.). O patriarcado desvendado: teorias de três feministas materialistas: Colette Guillaumin, Paola Tabet e Nicole-Claude Mathieu. Recife: SOS Corpo, 2014. p. 27-99.

HARVEY, David. 17 contradições e o fim do capitalismo. São Paulo: Boitempo, 2016.

HARVEY, David. O espaço como palavra-chave. Revista Geographia, v. 14, n. 28, 2012.

HIRATA, H,; LABORIE, F.; DOARÈ, H. (et al.). Dicionário Crítico do Feminismo. São Paulo: Editora UNESP, 2009.

IPEA; FBSP. Atlas da Violência 2017. Rio de Janeiro, 2017.

IANNI, Octávio. Raças e Classes Sociais no Brasil. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1966.

KERGOAT, Danièle. Divisão sexual do trabalho e relações sociais de sexo. In: HIRATA, H,; LABORIE, F.; DOARÈ, H. (et al.). Dicionário Crítico do Feminismo. São Paulo: Editora UNESP, 2009. p. 67-75.


KERGOAT, Danièle. O cuidado e a imbricação das relações sociais. In: ABREU, A; HIRATA, H; LOMBARDI, M. (Org.). Gênero e Trabalho no Brasil e na França – perspectivas interseccionais. São Paulo: Boitempo, 2016. p. 17-26.

MARCONI, M.; LAKATOS, E. Fundamentos de metodologia científica. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2003.

MARX, Karl. O Capital: crítica da economia política – Livro I. São Paulo: Boitempo, 2013.

MOURA, Clóvis. O racismo como arma de dominação. Disponível em: < https://www.geledes.org.br/o-racismo-como-arma-ideologica-de-dominacao/>. Acesso em 12 de junho de 2017.

MUNANGA, Kabengele. Uma Abordagem Conceitual das Noções de Raça, Racismo, Identidade e Etnia. Cadernos PENESB (Programa de Educação sobre o Negro na Sociedade Brasileira), Rio de janeiro, n. 5, p. 15-34, 2004.

OXFAM. A distância que nos une: Um Retrato das Desigualdades Brasileiras. Publicado em 25 de setembro de 2017. Disponível em: <www.oxfam.org.br>

PACHECO, Ana Cláudia Lemos. “Branca para casar, mulata para f...., negra para trabalhar”: escolhas afetivas e significados de solidão entre mulheres negras em Salvador, Bahia. Tese (Doutorado) – Universidade Estadual de Campinas. Campinas, SP: 2008.

PATEMAN, Carole. O contrato sexual. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1993.

RAFFESTIN, Claude. Por uma geografia do poder. São Paulo: Editora Ática, 1993.

ROSA, Crislane Palma da. Quem se apropria do espaço público? Classe social, raça e sexo sob o olhar do Alto das Pombas, Salvador-BA. Trabalho de Conclusão de Curso, UFBA: 2018.

SACK, Robert David. O significado de territorialidade. In: DIAS, L.; FERRARI, M. Territorialidades Humanas e Redes Sociais. 2. ed., Florianópolis: Insular, 2013. p.63- 89

SAFFIOTI, Heleieth. A mulher na sociedade de classes: mito e realidade. 3. ed. São Paulo: Expressão Popular, 2013.

___________. Gênero, patriarcado, violência. 2. ed. São Paulo: Graphium, 2011.

___________. O poder do macho. São Paulo: Moderna, 1987.

SANTOS, Milton. Espaço e Método. São Paulo: EDUSP, 2008.

SERPA, Angelo. O espaço público na cidade contemporânea. 2. ed. São Paulo: Contexto, 2016.

SERPA, Angelo. Cidade popular: trama de relações sócio-espaciais. 2. ed. Salvador: EDUFBA, 2011.

SERPA, Angelo. Ser lugar e ser território como experiências do ser-no-mundo: um exercício de existencialismo geográfico. Geousp – Espaço e Tempo (Online), v. 21, n. 2, p. 586-600, agosto 2017.

SOUZA, Neusa dos Santos. Tornar-se Negro ou As Vicissitudes da Identidade do Negro Brasileiro em Ascensão Social. 2. ed. Rio de Janeiro: Graal, 1990.

SPOSITO, Maria Encarnação Beltrão. Segregação socioespacial e centralidade urbana. In: VASCONCELOS, P.; CORRÊA, R.; PINTAUDI, S. (Org.). A cidade contemporânea: segregação espacial. São Paulo: Contexto, 2016. p. 61-93

VASCONCELOS, Pedro de Almeida. Contribuição para o debate sobre processos e formas socioespaciais nas cidades. In: VASCONCELOS, P.; CORRÊA, R.; PINTAUDI, S. (Org.). A cidade contemporânea: segregação espacial. São Paulo: Contexto, 2016. p.17-38

Publicado

05-12-2019

Número

Sección

GT-7: Produção do espaço urbano numa perspectiva crítica