PRÁTICAS CORPORAIS DE ATENÇÃO E CUIDADO EM SAÚDE PARA PESSOAS COM BAIXA VISÃO E CEGUEIRA
Resumo
O artigo objetiva refletir sobre as percepções de pessoas com baixa visão e
cegueira em relação à qualidade de vida, a partir da experiência de sujeitos
participantes de um projeto de ensino, pesquisa e extensão universitário, com
foco na oferta de práticas corporais de atenção e cuidado em saúde
fomentando a qualidade de vida para esse público. Percebemos que a grande
maioria do grupo atendido no referido projeto, pessoas com baixa visão e
cegueira, apresentavam carência de afeto e de atenção, além de pouca
consciência corporal e mobilidade para realizar atividades simples do dia a dia
e nenhuma participação em práticas de bem-estar e lazer fora do projeto.
Essas questões os condicionavam a alta dependência de terceiros, limitando
sua autonomia, ainda que houvesse o uso da guia. Na direção de atuar sobre
os problemas identificados, desenvolvemos uma pesquisa de abordagem
qualitativa, descritiva e exploratória, investigando quatro dimensões
relacionadas com a qualidade de vida: atividades de vida diária, aspectos
psicossociais, autonomia, mobilidade e lazer. Consideramos, para isso, a
percepção dos sujeitos sobre sua qualidade de vida a partir do acesso às
práticas corporais oferecidas nesse projeto. Para coletar essas informações,
nos utilizamos de grupo focal e colhemos depoimentos realizados com 19
adultos e idosos com baixa visão e cegueira, de ambos os sexos, com idades
entre 24 e 65 anos. Os resultados evidenciaram as contribuições que espaços
de convivência e interação desse mote promovem na qualidade de vida de
pessoas com baixa visão e cegueira. Pretendemos ainda que esse estudo
possa qualificar melhor as futuras ações pedagógicas destinadas a pessoas
com baixa visão e cegueira, contribuindo, assim, para um olhar mais potente
em relação a esse público.
Palavras-chave: Educação Física. Práticas Corporais. Deficiência Visual.
Qualidade de Vida.
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