A CONSTRUÇÃO DE PRÁTICAS NÃO MEDICALIZANTES PARA O AUTISMO: A EXPERIÊNCIA DE UM CLUBE DO LIVRO
Resumo
O presente artigo visa apresentar a experiência de uma formação
continuada organizada pela Secretaria Municipal de Educação (SEME) de Vitória
em parceira com o Programa de Investigação Psicanalítica do Autismo – PIPA
(e rabiola) em formato de Clube do livro, objetivando a leitura de biografias e
autobiografias de sujeitos com autismo. A formação foi realizada nos anos de
2017 e 2018, estando ainda em curso. A exposição dessa experiência se deve
ao fato de considerarmos que esta representa uma forma de problematização e
criação de práticas desmedicalizantes que podem ser utilizadas nos âmbitos da
educação e da saúde, caminhando dessa forma na contramão de condutas
medicalizantes, representadas pela tradução de questões sociais e culturais
complexas em questões de ordem biológica. O foco da discussão sobre práticas
não medicalizantes aqui é o autismo, devido ao crescimento em âmbitos
educacionais, sociais e midiáticos dos debates em torno desta temática, fato que
nos leva a reflexões como: De onde veio isso? Por quê? Para quem? Até que
ponto o diagnóstico representa avanços, abusos ou certezas? Utilizaremos para
tais problematizações pesquisas de autores como Ortega (2013), Fernandes e
Gama (2017), Orrú e Silva (2016), Orrú (2016) e Oliveira e Victor (2018), entre
outros que nos auxiliem no processo de problematização sobre as
representações construídas em torno do autismo em nossa cultura e sociedade,
além dos autores das narrativas utilizadas no clube do livro, como Donna
Williams, Temple Gradin, Daniel Tammet e Luiz Fernando Vianna. As biografias
e autobiografias têm potencial para contribuir ativamente com o debate acerca
de questões e controvérsias ligadas ao autismo produzindo efeitos de sentido no
leitor e assim servindo como disparador para mudanças de conduta.
Palavras-Chave: Autismo, Biografias, Desmedicalização.
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