MEDICALIZAÇÃO E PATOLOGIZAÇÃO: UM OLHAR SENSÍVEL À PRIMEIRA INFÂNCIA
Resumo
O presente artigo tem como objetivo analisar e problematizar a crescente
medicalização e patologização da/na primeira infância a partir de resultados
preliminares de uma pesquisa em andamento realizada em dois Centros
Municipais de Educação Infantil (CMEI) da Rede Municipal de Ensino de
Vitória/ES. A pesquisa propõe-se a responder a seguinte questão: Como a
patologização e a medicalização têm sido consideradas no processo de ensino
e aprendizagem nos diferentes contextos da Educação Infantil? Pauta-se em
conhecer o fazer pedagógico que perpassa o cotidiano escolar nos diferentes
espaços tempos do CMEI, compreender os contextos pelos quais os
diagnósticos e laudos têm sido gerados, bem como analisar a concepção de
criança, de infância, de ensino, de aprendizagem e de currículo que permeiam
as práticas pedagógicas, compreendendo o papel dos adultos na constituição
dos processos de subjetivação das infâncias. Portanto, é muito importante a
afirmação da interatividade nas múltiplas linguagens infantis, a ludicidade
envolvendo o movimento do brincar e a fantasia atribuindo significado a esse
universo infantil que difere do universo adulto. Faz-se necessário afirmar que,
ao fomentar a discussão a respeito da medicalização, não se está
desqualificando sofrimentos reais vividos pelos sujeitos, mas sim, buscando
debruçar-se a pensar sobre eles, tendo o uso de psicofármacos como última alternativa e não a primeira. Desse modo, questionar o processo de
medicalização das infâncias nos remete à compreensão da vida como
processo de criação e invenção concebido nas relações que estabelecemos
com o que nos afeta no mundo. Assim, problematizar a patologização e a
medicalização, inclui afirmar o direito à existência de infâncias.
Palavras-chave: Patologização; Medicalização; Infâncias; Práticas
pedagógicas.
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