O lógos como essência do homem e essência da linguagem

uma leitura do fragmento 50 de Heráclito a partir de Heidegger

Autores

  • Bruno Abilio Galvão 27998664431

DOI:

https://doi.org/10.47456/sofia.v10i2.35724

Palavras-chave:

Essência. Heidegger. Heráclito. Linguagem. Lógos

Resumo

A linguagem, há muito pensada metafisicamente como um ente intramundano está, segundo Heidegger, fora de seu horizonte originário. Então, atribuindo-se a tarefa de recolocar a linguagem em seu horizonte e pensá-la originária e essencialmente, Heidegger recorre aos pensadores originários Parmênides e Heráclito. Porém, investigaremos essa questão a partir do fragmento 50 de Heráclito analisando a linguagem em sua essência por meio da palavra lógos que, posteriormente, se mostrará também como a essência do homem. Para isso, lançaremos mão de pesquisa bibliográfica referente a algumas obras de Heidegger em que ele aborda o tema e também de alguns comentadores que tratam do assunto proposto. A relevância do tema persiste no fato de possibilitar, ao recolocar a linguagem em seu horizonte originário, um rompimento com a separação entre homem e mundo proporcionado pela metafísica em todas as suas formas e sistemas de pensamento.

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Publicado

19-02-2022

Como Citar

Galvão, B. A. (2022). O lógos como essência do homem e essência da linguagem: uma leitura do fragmento 50 de Heráclito a partir de Heidegger. Sofia , 10(2), 175–194. https://doi.org/10.47456/sofia.v10i2.35724