A impossibilidade da produção do sublime pelo gênio em Kant; The impossibility of the production of the sublime by the genius in Kant
DOI:
https://doi.org/10.47456/sofia.v11i1.36552Palavras-chave:
gênio, natureza, sublime, belo, suprassensível, genius, nature, beautiful, supersensibleResumo
O problema que o texto busca apresentar, é a questão sobre a impossibilidade do gênio produzir o sublime da natureza. No interior desta questão, para possibilitar sua resposta, serão desdobradas algumas relações que remetem a totalidade da filosofia de Kant, sendo elas: A questão da separação entre fenômeno e coisa em si; A relação desta separação nos juízos estéticos; A relação entre gênio e natureza; A relação entre o gênio e o suprassensível e; A diferença entre o belo e o sublime na natureza e nas artes. Dentro destas questões buscamos mostrar o motivo do sublime não fundar uma espécie de arte, apesar do sublime e do belo se mostrarem como experiências de espécies totalmente diferentes para o expectador quando experienciados na natureza, fundando duas espécies de juízos estéticos distintos. Contudo, quando se trata da criação das artes pelo homem, o sublime passa a ser mero efeito do belo, sendo internalizado na experiência do belo. Essa diferença do sublime da natureza com o sublime nas artes encontra fundamento nos limites da razão e na relação do gênio com o suprassensível.
Abstract
The problem that the text seeks to present is the question about the impossibility of genius to produce the sublime of nature. Within this question, to make it possible to answer, some relations that refer to the totality of Kant's philosophy will be unfolded, namely: The question of the separation between phenomenon and thing itself; The relationship of this separation in aesthetic judgments; The relationship between genius and nature; The relationship between genius and the super sensitive and; The difference between the beautiful and the sublime in nature and the arts. Within these questions we seek to show the reason why the sublime does not found a kind of art, although the sublime and the beautiful show themselves as experiences of totally different species for the spectator when experienced in nature, founding two kinds of different aesthetic judgments. However, when it comes to the creation of arts by man, the sublime becomes a mere effect of the beautiful, being internalized in the experience of the beautiful. This difference between the sublime of nature and the sublime in the arts finds its foundation in the limits of reason and in the relationship of genius with the super-sensitive.
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