A hipótese do cérebro bayesiano sustenta o relativismo linguístico de cores
DOI:
https://doi.org/10.47456/sofia.v11i2.36626Palavras-chave:
percepção de cores, relativismo linguístico, cérebro bayesiano, penetrabilidade top-downResumo
O espectro visível de cores é categorizado de várias maneiras em diferentes idiomas, tendo entre 2 a 12 termos básicos de cores. Este fenômeno linguístico único levanta uma questão importante: a diferente categorização do espectro visível acarreta uma percepção diferente? Nosso objetivo é responder a esta questão analisando duas teses distintas: (i) Relatividade Linguística (responde positivamente); (ii) Universalismo de Cores (responde negativamente). Analisamos (i) e (ii) e buscamos evidências empíricas que as apoiem. As evidências encontradas mostram que nossa percepção é influenciada pelas categorias linguísticas. Portanto, justificamos (i) usando a hipótese do cérebro bayesiano mostrando que alegar (ii) desconsidera a forma como nosso sistema cognitivo funciona. Analisamos diferentes formas de categorização de cores ao redor do mundo, mostrando experimentos que apontam a influência da categorização na percepção.
Abstract
The visible spectrum of colors is categorized in many ways in different languages, having between 2 to 12 basic color terms. This unique linguistic phenomena gives rise to an important question: does the different categorization of the visible spectrum entails a different perception? Our aim is to answer this question analysing two different thesis: (i) Linguistic Relativity (answers positively); (ii) Universalism of Colors (answers negatively). We analyse (i) and (ii) and search for empirical evidence that supports them. The evidence found shows that our perception is influenced by the linguistic categories. Therefore, we justify (i) using the Bayesian Brain hypothesis showing that claiming (ii) disconsider the way our cognitive system works. We analyse different ways of color categorization around the world, showing experiments that point the categorization influence on perception.
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