Heidegger e o “ser-verdadeiro” em Aristóteles

Exposição sobre a conferência “Ser-verdadeiro e ser-aí”

Autores

DOI:

https://doi.org/10.47456/sofia.v13i2.46527

Palavras-chave:

verdade, hermenêutica, ser-verdadeiro, ser-aí

Resumo

A presente reflexão expõe a conferência de Heidegger, de 1924, a respeito do ser-verdadeiro em Aristóteles. Num exercício exegético e hermenêutico-filosófico, procura explicitar os seus motivos, as suas tendências e o seu fio condutor e pretende captar e trazer à luz as pressuposições de seus posicionamentos. O escopo é apreender e compreender a condição de possibilidade de tal posicionamento e suas implicações. Primeiramente, analisa os pontos de partida da consideração de Heidegger: verdade, conhecimento, ciência. Depois, ressalta as reflexões dele sobre o desafio da interpretação e do método fenomenológico-hermenêutico. Em seguida persegue a disposição da exposição em sua tríplice articulação. O percurso da conferência passa por três estações: (a) juízo e verdade; (b) ser-verdadeiro e ser-aí; (c) modos do ser-verdadeiro. A busca pela essência da verdade que começa com a concordância ou adequação tende a encontrar o seu fim na consideração da relação entre o ser humano e o ser. Entretanto, esta dimensão da questão da essência da verdade permanece, na conferência, não alcançada explicitamente.

Biografia do Autor

  • Marcos Aurélio Fernandes, Universidade de Brasília

    Professor de Filosofia Medieval na Universidade de Brasília. Autor de dois livros sobre filosofia medieval: "Pensadores Franciscanos: paisagens e sendas" e "Raízes do Pensamento Medieval". Estudioso também da fenomenologia. Doutor em Filosofia pela Pontifícia Universidade Antonianum de Roma (2003). Tese sobre Martin Heidegger. Autor do livro "À clareira do ser" (Ed. Daimon, 2011).

Referências

ARISTOTELE. Retorica. Milano: Oscar Mondadori, 1996.

ARISTOTELE. Etica Nicomachea. Milano: Rusconi, 1998a.

ARISTOTELE. L'anima. Milano: Rusconi, 1998b.

ARISTOTELE. Metafisica. Milano: Rusconi, 1998c.

ARISTOTELE. Della interpretazione. Milano: BUR, 2000.

HARADA, H. Iniciação à Filosofia: exercícios, ensaios e anotações de um principiante amador. Teresópolis: Daimon, 2009.

HEIDEGGER, M. Sein und Zeit (Gesamtausgabe Band 2). Frankfurt a.M.: Vittorio Klostermann, 1997.

HEIDEGGER, M. Sophistes (Gesamtausgabe Band 19). Frankfurt a.M.: Vittorio Klostermann, 1992.

HEIDEGGER, M. Ontologie (Hermeneutik der Faktzität) (Gesamtausgabe Band 63). Frankfurt a.M.: Vittorio Klostermann, 1995.

HEIDEGGER, M. Ontologia (Hermenêutica da Faticidade). Petrópolis-RJ: Vozes, 2013.

HEIDEGGER, M. Vorträge Teil 1: 1915-1932 (Gesamtausgabe Band 80.1). Frankfurt a.M.: Vittorio Klostermann, 2016.

Publicado

31-12-2024

Edição

Seção

Heidegger e Aristóteles: A transformação hermenêutica da fenomenologia (1921-1924)

Como Citar

Heidegger e o “ser-verdadeiro” em Aristóteles: Exposição sobre a conferência “Ser-verdadeiro e ser-aí”. (2024). Sofia , 13(2), e13246527. https://doi.org/10.47456/sofia.v13i2.46527