O conceito de mal em Kant é suficiente?
DOI:
https://doi.org/10.47456/sofia.v7i1.16111Abstract
A filosofia compreende o mal presente nos regimes totalitários? Arendt evoca o mal radical segundo Kant. Reconstrói-se, assim, a caracterização kantiana do mal, concentrando-se nas obras A Religião nos Limites da Simples Razão (1793) e Antropologia de um Ponto de Vista Pragmático (1798). As inclinações dividem-se em afetos e paixões. Afetos são insuficientes para macular uma boa vontade, paixões afiguram-se corruptoras. Parte-se, então, à pergunta sobre a natureza humana ser boa ou má, a propensão para o mal e a disposição originária para o bem: a natureza humana é corrompida, mas há responsabilização. Entre natureza e arbítrio, o conceito de mal aponta para o dever de usar a liberdade de acordo com os comandos da lei moral, reconduzindo-se à disposição santa originária. Daí a ideia de que a moral conduz à religião e à plenitude da comunidade ética. Conclui-se, entretanto, que Kant não abarca a superfluidade dos seres humanos – nem a banalidade do mal – como teorizado por Arendt.Downloads
Downloads
Published
How to Cite
Issue
Section
License
Copyright (c) 2018 Henrique Franco Morita
This work is licensed under a Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Dada a política de acesso público da revista, o uso dos textos publicados é gratuito, com a obrigação de reconhecer a autoria original e a primeira publicação nesta revista. Os autores das contribuições publicadas são inteiramente e exclusivamente responsáveis por seus conteúdos.
I Os autores autorizam a publicação do artigo nesta revista.
II Os autores garantem que a contribuição é original e assumem total responsabilidade pelo seu conteúdo em caso de impugnação por terceiros.
III Os autores garantem que a contribuição não está sob avaliação em outra revista.
IV Os autores mantêm os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, sendo o trabalho licenciado sob uma Licença Creative Commons Atribuição-BY.
V Os autores são autorizados e incentivados a divulgar e distribuir seu trabalho on-line após a publicação na revista.
VI Os autores dos trabalhos aprovados autorizam a revista a distribuir seu conteúdo, após a publicação, para reprodução em índices de conteúdo, bibliotecas virtuais e similares.
VII Os editores reservam o direito de fazer ajustes no texto e adequar o artigo às normas editoriais da revista.