A trama ficcional: para além da“mentira sagrada”
DOI :
https://doi.org/10.47456/sofia.v8i2.28553Résumé
A proposta deste artigo é refletir sobre a perspectiva nietzschiana do conhecimento, cujos
conceitos principais, como “sujeito”, “objeto”, “coisa”, “matéria”, “átomo”, etc. são apenas construtos
antropomórficos para agir no mundo. Essas noções não podem ser consideradas como
“conhecimento absoluto”, “objetivo” ou “incondicionado”, são apenas ferramentas vitais,
empregadas por um animal inteligente, para sobreviver às contingências da existência. Perante
essas noções há duas perspectivas possíveis: há homens que aceitam o caráter ficcional do
conhecimento, entendendo-o como uma “mentira artista” e outros seres humanos que acreditam
piamente nas suas ficções, tentando impô-las de qualquer forma, como se fossem uma “mentira
sagrada”.
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© Miguel Angel de Barrenechea 2020
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