A DECOMPOSIÇÃO DOS VIVIDOS (ERLEBNIS) E OS PRESSUPOSTOS DAS APARIÇÕES
DOI:
https://doi.org/10.47456/sofia.v9i2.31453Abstract
Nas Ideias I, Husserl parte dos vividos para clarificar o que é a vida transcendental da consciência pura em seus componentes constitutivos. O método fenomenológico decompõe os vividos e mostra o que é mais próprio de suas aparições: o sentido que todas carregam, entrelaçadas por momentos intencionais e pressupostos não-intencionais, referidas ao sujeito transcendental. Este artigo procura mostrar que, para Husserl, todo esforço em descrever esses pressupostos não-intencionais das aparições requer uma explicitação da consciência, como ponto de referência objetivo. Ao mesmo tempo que aponta para esses pressupostos, Husserl os abandona em prol das noeses, consideradas como investigações mais ricas no campo das atividades e funcionalidades constitutivas da consciência. No entanto, são os pressupostos hyléticos e passivos que fundamentam toda a vida ativa e, sem os quais, um ego propriamente dito não existiria.
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