“Paparagrafia”

Resumo

Desde muito pequena eu sempre fui muito observadora e adorava desenhar os colegas na sala de aula em forma de caricatura. A falta de prática do tempo que fiquei parada deixou os meus traços duros e sem vida.  Ao entrar na Universidade Federal do Espírito Santo - UFES eu tive o incentivo do professor Pedro Meyer Barreto, que elogiava sempre os meus desenhos de modelo vivo. Com isto, fui ganhando confiança. Mais tarde o professor Fernando Augusto falou sobre desenhar pessoas em lugares diversos em forma de diário. Com isso iniciei um estudo, principalmente em aprimorar os desenhos de observação com caneta nanquim, que tornou-se uma experiência prazerosa e com a caneta esferográfica proporcionou um outro resultado, na qual o desenho ganhou vida.

Os desenhos foram desenvolvidos nos mais diversos lugares: praia, lanchonete, padaria, bares, postos de saúde, aeroportos, nas ruas, na sala de aula, em escolas, creches e em outros ambientes. Desenhar pessoas e apresentar lugares é a essência da minha pesquisa, sendo um trabalho que necessita de audácia e coragem, pois envolvem pessoas, uma visão que renasce no papel, explorando a plástica através do olhar e transportando para ao papel. Além disso, após a realização dos desenhos, eu faço uma observação crítica sobre os meus trabalhos, analisando os resultados, apurando cada linha que se forma e se atravessam entre si.