Homens saudáveis, mulheres doentes? Um estudo sobre a esperança de vida e a saúde da população portuguesa

Autores

  • Ana Alexandre Fernandes
  • Rita Burnay

Resumo

Introdução: As significativas melhorias do estado de saúde das populações como o aumento da longevidade humana, criaram novas realidades, também distintas para homens e mulheres. Há uma significativa disparidade entre a saúde e a capacidade de sobrevivência entre os sexos: os homens são fisicamente mais fortes e têm menos dificuldades, mas têm substancialmente maior mortalidade em todas as idades. As mulheres vivem mais tempo mas em pior estado de saúde. Isso é um paradoxo da saúde e sobrevivência na relação masculino-feminino. Objetivo: A investigação tem como objectivo identificar padrões de mortalidade e perfis de saúde, em função do género e da idade, de homens e mulheres com 50 anos ou mais. Métodos: Foram utilizados dados da mortalidade ao longo do tempo e a base de dados do Inquérito Nacional de Saúde (INS) realizado em Portugal, em 2005/2006. Resultados: As mulheres idosas portuguesas têm piores níveis de escolaridade e maior risco de pobreza associada a menores rendimentos e estatuto social, mas em geral a população portuguesa mais velha apresenta condições sociais desfavoráveis. Em termos de saúde, as mulheres têm pior saúde e mais comorbilidades, contudo são também mais velhas do que os homens. As evidências mostram que um pior estado de saúde e práticas de saúde pouco saudáveis estão associados a rendimentos inferiores e actividade laboral indiferenciada, mas não directamente associados a homens ou mulheres. Conclusão: Os fatores relacionados com o género são um importante contributo para explicar as diferenças em saúde que ocorrem ao longo da vida e se acentuam durante o processo de envelhecimento de homens e mulheres.

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Publicado

30-06-2019

Como Citar

Fernandes, A. A., & Burnay, R. (2019). Homens saudáveis, mulheres doentes? Um estudo sobre a esperança de vida e a saúde da população portuguesa. Revista Brasileira De Pesquisa Em Saúde Brazilian Journal of Health Research, 21(2), 17–28. Recuperado de https://periodicos.ufes.br/rbps/article/view/29076

Edição

Seção

Artigos originais