Repensando a participação política diante das crises da democracia: Desafios e possibilidades a partir do caso brasileiro

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Resumo

Este ensaio aborda a relação entre as novas formas de participação política e a crise das democracias, com foco no contexto brasileiro recente. A crise democrática, exacerbada por governos como o de Jair Bolsonaro (2019-2022), é analisada a partir das contribuições de teóricos como Levitsky, Ziblatt e Dahl. Embora o Brasil tenha experimentado novas formas de engajamento cívico, como o aumento de protestos e participação em redes sociais, o declínio da participação política tradicional, como o voto e o envolvimento em campanhas, revela uma desconfiança crescente nas instituições democráticas. A comunicação direta entre eleitores e políticos, impulsionada pelas mídias sociais, apresenta tanto oportunidades quanto desafios, como a disseminação de desinformação e a polarização. O texto sugere que a reconstrução da confiança nas instituições requer a promoção de uma cultura cívica inclusiva e a transparência nas relações políticas, especialmente por meio da educação cívica e da alfabetização midiática. A revitalização de mecanismos de participação, como os conselhos participativos e a reestruturação de órgãos governamentais, é vista como essencial para restaurar a legitimidade democrática e superar a divisão social. A análise também destaca os paradoxos da participação política e a necessidade de adaptação das instituições às demandas da modernização e à nova sociabilidade política.

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Biografia do Autor

Matheus Botelho, Universidade Federal de São Carlos (UFSCar)

Mestre e Doutorando em Ciência Política pela Universidade Federal de São Carlos (UFSCar)

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Publicado

06-12-2024