O realismo contemporâneo e a inserção de novas percepções de segurança e ameaça na teoria clássica

Autores

  • Rafael Macedo da Rocha Santos PPGHC-UFRJ

DOI:

https://doi.org/10.47456/acp.v%25vi%25i.23834

Resumo

O realismo continua sendo a principal corrente teórica das relações internacionais. No entanto, o fato de ser a priori uma teoria atemporal voltada para o conjunto das sociedades não trata de certas particularidades contemporâneas. A racionalidade da sobrevivência realista permanece em sua essência, apesar dos países terem adaptado tais premissas para um ambiente mais cooperativo e menos tenso do que previa a teoria clássica realista. Nesse sentido, o interesse nacional continua prevalecendo nas decisões de Estado, porém agora não só voltado para a questão da guerra iminente. Não se trata, entretanto, do apogeu de uma teoria liberal, mas sim de um novo redirecionamento para questões como integração e cooperação financeira. Nesse sentido, o objetivo desse artigo é debater algumas questões voltadas para as novas percepções sobre o realismo teórico.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

ALBUQUERQUE, José Guilhon. Relações Internacionais Contemporâneas: A ordem mundial depois da guerra fria. Petrópolis: Vozes, 2005.
BUZAN, Barry, WAEVER, A. New Framework for Analysis. Boulder, C.O.: Lynne Reinner Publishers, 1998.
BUZZAN, Barry. From international system to international society: structural realism and regime theory meet the English school. In: International Organization 47, pp. 327-352.
CABRAL, Ricardo Pereira. O fim da guerra fria e as perspectivas geopolíticas e geoestratégicas para o Brasil frente à crise de segurança hemisférica (1991-2001). Rio de
Janeiro: Dissertação de Mestrado do PPGHC/UFRJ, 2005.
FIORI, José Luís. O mito do colapso do poder americano. São Paulo: Record, 2008.
HAFTENDORN, Helga. The security puzzle: theory-building and discipline-building International Relations. In: International Studies Quarterly. v. 35, n. 1, 1990.
KRASNER, Stephen. Causas estruturais e consequências dos regimes internacionais: regimes como variáveis intervenientes. In: Revista de Sociologia e Política v. 20, 2012.
NEUMAN, Stephanie. International Relations Theory and the Third World. Nova York: St. Martin’s Press, 1998.
NEVES, André Luiz. Teoria das Relações Internacionais. Petrópolis: Vozes, 2009.
NYE, Joseph. O paradoxo do poder americano. Brasília: UnB, 2004
PAIVA, Ana Luíza Bravo e. Instituições de Defesa e Processo Decisório. Rio de Janeiro: Tese de Doutorado do PPGHC, 2016.
POLANIY, Karl. A grande transformação. Rio de Janeiro: Campus, 1997.
RUDZIT, Gunther; NOGAMI, Otto. Segurança e Defesa nacional: conceitos básicos para uma análise. In: Revista Brasileira de Política internacional. 53 (1): 5-24, 2010.
RUDZIT, Gunther. O debate teórico em segurança internacional: Mudanças frente ao terrorismo? In: Civitas – Revista de Ciências Sociais, v. 5. n. 2, jul. -dez. 2005, pp. 297-323.
RUSSEL, Roberto e TOKATLIAN, Juan. A América Latina e suas opções estratégicas frente aos Estados Unidos. Revista de Política Internacional, volume 16, nº 3, 2008.
SARAIVA, Miriam Gomes. As estratégias de cooperação sul-sul nos marcos da política externa brasileira. Revista Brasileira de Política Internacional: volume 50, nº 2, 2007.
VILLA, Rafael Duarte. Da crise do realismo à segurança global multidimensional. São Paulo: Annablume, 1999.
__________________. Segurança Internacional e Normatividade: é o Liberalismo o elo perdido dos Critical Securities Studies? Lua Nova, São Paulo, 73: 95-122, 2008.
VIOLA, Eduardo. A Multidimensionalidade da Globalização, as Novas Forças Sociais Transnacionais e seu Impacto na Política Ambiental no Brasil, 1989-1995. In: Ferreira, L. & Viola, E. Incertezas de Sustentabilidade na Globalização. Campinas: UNICAMP, 1996.
VIZENTINI, Paulo Fagundes (org.). A Grande Crise: a nova (des) ordem internacional dos anos 80 aos 90. Petrópolis: Vozes, 1992.
ZHEBIT, Alexander (org.). Ordem e Pacis. Rio de Janeiro: FAPERJ, 2008.

Downloads