A primeira imagem de um buraco negro

Autores

  • Oscar T. Matsuura IAG/USP e MAST

DOI:

https://doi.org/10.47083/Cad.Astro.v1n1.31781

Palavras-chave:

buraco negro, EHT, horizonte de eventos

Resumo

Considere ao pé-da-letra a expressão "imagem de um buraco negro", atribuindo a cada palavra o significado usual. Verá que ela não faz muito sentido e, se faz, soa estranha. É que a expressão é científica. Cada palavra adquiriu significado num vasto contexto de conceitos articulados numa teoria; esses conceitos, por sua vez, muitas vezes têm referências empíricas laboratoriais ou observacionais (astronômicas); o desenrolar histórico, normalmente imprevisível de descobertas observacionais ou de criações intelectuais, também adiciona às palavras, não explicações causais, mas meras referências casuais. Considerando a importância da popularização da ciência, como meio de promover a necessária alfabetização e letramento científico do público em geral, resolvi tirar vantagem da empolgação científica já suscitada pela grande mídia, quando anunciou a primeira imagem de um buraco negro. Não era mais preciso interessar as pessoas, pois elas já estavam interessadas no tema. Porém, notas quase telegráficas de jornais e noticiários atingem apenas superficialmente o público. Como teste de uma estratégia de divulgação científica e, também, como experimento de comunicação científica, decidi preparar e oferecer ao público um texto, antes de tudo elucidador do conteúdo científico e da complexa técnica de obtenção da imagem, mas também crítico do modo científico de investigar a natureza e incitador da aplicação da ciência, na medida em que ela possa tornar o mundo melhor e mais humano.

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Publicado

31-07-2020

Como Citar

[1]
O. T. Matsuura, “A primeira imagem de um buraco negro”, Cad. Astro., vol. 1, nº 1, p. 52–82, jul. 2020.

Edição

Seção

Divulgação Científica, Ciência e Sociedade