Margem e cultura marginal nas Minas Setecentistas: poder, trabalho e controle social
Resumo
Este artigo analisa alguns aspectos do processo de marginalização nas Minas setecentistas e sua relação com a dinamização e o ordenamento social desta capitania. Sinalizar as formas de marginalização possibilita aos pesquisadores perceber não somente as formas de integração e exclusão existentes nas sociedades, mas também compreender que a história é construída por uma miríade de sujeitos que, à sua maneira, transformavam o seu mundo, contribuindo para a alteração da própria história. Neste sentido, o mais importante não é apontar ou listar as categorias marginais existentes nas Minas do século XVIII, mas indicar como elas se definiram e estabeleceram conexões com o seu meio social.
Downloads
Não há dados estatísticos.
Referências
ANASTASIA, C. M. J. A geografia do crime: violência nas Minas Setecentistas. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2005.
ANASTASIA, C. M. J. Vassalos Rebeldes: violência coletiva nas Minas na primeira metade do Século XVIII. Belo Horizonte: C/Arte, 1998.
ANDREONI, J. A. (André João Antonil). Cultura e Opulência do Brasil. São Paulo: Nacional, 1967.
ARAÚJO, J. X. Para a decência do culto de Deus: artes e ofícios na Vila Rica setecentista. 2003. 154 fl. Dissertação (Mestrado em História) - Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas, Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, 2003.
BOXER, C. R. O império marítimo português – 1415-1825. São Paulo: Companhia das Letras, 2002.
BOXER, C. R. A idade de ouro do Brasil: dores de crescimento de uma sociedade colonial. São Paulo: Cia Editora Nacional, 1969.
CHAVES, C. M. G. Perfeitos negociantes: mercadores das minas setecentistas. São Paulo: Annablume, 1999.
COSTA, F. B. da. Homens invisíveis: Relatos de uma humilhação Social. São Paulo: Globo, 2004.
DARNTON, R. O grande Massacre de Gatos e outros episódios da História Cultural Francesa. Rio de Janeiro: Graal, 1986.
DAVIS, N. Z. Culturas Do Povo: sociedade e cultura no início da França Moderna. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1990.
DIAS, R. S. História, cultura e sertão. In: BARBOSA, Carla Cristina. Sertão: identidade e religiosidade. Montes Claros: Ed. Unimontes, 2009, pp. 13-42.
DIAS, R. S. Príncipes negros nas festas de brancos: Poder, revolta e identidades escravas nas Minas setecentistas. Almanack Braziliense, v. 2, pp. 114-125, 2011.
DIAS, R. S.; SILVA, C. N. da Revolta negra nas Minas: as insurreições escravas e o imaginário sobre Palmares nos sertões das Minas do Ouro. In: DIAS, Renato da Silva; ARAÚJO, Jeaneth Xavier de. (Org.). Representações do sertão: poder, cultura e identidades. São Paulo: Humanitas, 2013, pp. 45-68.
FIGUEIREDO, L. R. A. Protestos, revoltas e fiscalidade no Brasil Colonial. LPH: revista de história, Ouro Preto, n. 5, 1995.
FIGUEIREDO, L. R. A. Barrocas famílias: vida familiar em Minas Gerais no século XVIII. São Paulo: Hucitec, 1997.
GENOVESE, E. Roll, Jordan, Roll: the world the slave made. New York: Vintage Books, 1976.
GEREMEK, B. O marginal. In: LE GOFF, Jacques. A história nova. São Paulo: Martins Fontes, 1990, pp. 233-248.
GINZBURG, C. O queijo e os vermes: o cotidiano e as idéias de um moleiro perseguido pela Inquisição. São Paulo: Cia. das Letras, 1989.
GUIMARÃES, C. M. Cada venda é um quilombo: escravismo e espaço de rebeldia nas Minas Gerais (século XVIII). In: Anais da V Jornada Setecentista. Anais. Curitiba, 26-28 nov, 2003.
GUIMARÃES, C. M. Mineração, quilombos e Palmares: Minas Gerais no século XVIII. In: REIS, João José; GOMES, Flávio dos Santos (Orgs.). Liberdade por um fio: histórias dos quilombos no Brasil. São Paulo: Companhia das Letras, 1996, pp. 139-163.
HOBSBAWM, E. J. Revolução cultural. In: ____. Era dos extremos. O breve século XX. São Paulo: Companhia das Letras, 1995, pp. 314-336.
HOBSBAWM, E. J. A história de baixo para cima. In: _____. Sobre História. São Paulo: Companhia das Letras, 1998, pp. 216-231.
HOLANDA, S. B. Caminhos e Fronteiras. São Paulo: Companhia das Letras, 1994.
JULLIARD, J. A política. In: LE GOFF, Jacques; NORA, Pierre (Org.). História: novas abordagens. Rio de Janeiro: F. Alves, 1995, pp. 180-196.
KOSELLECK, R. Futuro passado: contribuição à semântica dos tempos históricos. Rio de Janeiro: Editora PUC-Rio/Contraponto, 2006.
LADURIE, E. L. R. Montaillou: cátaros e católicos numa aldeia francesa 1294-1324. Lisboa: Edições 70, 2000.
LE GOFF, J. Documento/monumento. In: _____. História e memória. Campinas: Editora da Unicamp, 1992, pp. 547-8.
LEMOS, C. S.; JULIÃO, L.; ANASTASIA, C. M. J. Dos Bandeirantes aos modernistas: um estudo histórico sobre Vila Rica. Oficina do Inconfidência: revista de trabalho. Ouro Preto: Museu da Inconfidência, 1999, Ano 1, V. 0, dez 1999, p. 17-32.
LENHARO, A. As tropas da moderação: o abastecimento da Corte na formação política do Brasil, 1808-1842. São Paulo: Símbolo, 1977.
MAGALHÃES, B. R. A demanda do trivial: Vestuário, Alimentação e Habitação. In: Revista Brasileira de Estudos Políticos, UFMG, Belo Horizonte, n. 65, jul, 1987.
MATTOSO, K. M. Q. Ser escravo no Brasil. São Paulo: Brasiliense, 1982.
MOURA, C. Dicionário da escravidão negra no Brasil. São Paulo: Editora da USP, 2004.
RIBEIRO, R F. Florestas anãs do sertão – o cerrado na história de Minas Gerais. Belo Horizonte: Autêntica, 2005.
RICOEUR, P. História e verdade. Rio de Janeiro: Forense, 1968.
RUSSELL WOOD, A. J. R. Fidalgos e Filantropos: a Santa Casa da Misericórdia da Bahia, 1550-1755. Brasília: Edunb, 1981.
RUSSELL-WOOD, A. J. R. The black man in slavery and freedom in Colonial Brazil. New York, s/ed.,1982.
SCHMITT, J C. A história dos marginais. In: LE GOFF, Jacques. A história nova. São Paulo: Martins Fontes, 1990, pp. 261- 292.
SCHWARCZ, L. M. O Espetáculo das Raças – cientistas, instituições e questão racial no Brasil 1870-1930. São Paulo: Companhia das Letras, 1993.
SILVA, F. M. Subsistência e poder: a política do abastecimento alimentar nas Minas setecentistas. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2008.
SOBEL, M. The world they made together: black and white values in eighteent-century Virginia. New Jersey: Princeton University Press, 1987.
SOUZA, L. M. Desclassificados do ouro. Rio de Janeiro: Graal, 1982.
SOUZA, M. M. Reis negros no Brasil escravista: história da Festa de Coroação de Rei Congo. Belo Horizonte: Ed. UFMG, 2002, pp. 181-2.
ZEMELA, M. P. O abastecimento da capitania das Minas Gerais no século XVIII. São Paulo: Hucitec: Ed. Da Usp, 1990.
ANASTASIA, C. M. J. Vassalos Rebeldes: violência coletiva nas Minas na primeira metade do Século XVIII. Belo Horizonte: C/Arte, 1998.
ANDREONI, J. A. (André João Antonil). Cultura e Opulência do Brasil. São Paulo: Nacional, 1967.
ARAÚJO, J. X. Para a decência do culto de Deus: artes e ofícios na Vila Rica setecentista. 2003. 154 fl. Dissertação (Mestrado em História) - Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas, Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, 2003.
BOXER, C. R. O império marítimo português – 1415-1825. São Paulo: Companhia das Letras, 2002.
BOXER, C. R. A idade de ouro do Brasil: dores de crescimento de uma sociedade colonial. São Paulo: Cia Editora Nacional, 1969.
CHAVES, C. M. G. Perfeitos negociantes: mercadores das minas setecentistas. São Paulo: Annablume, 1999.
COSTA, F. B. da. Homens invisíveis: Relatos de uma humilhação Social. São Paulo: Globo, 2004.
DARNTON, R. O grande Massacre de Gatos e outros episódios da História Cultural Francesa. Rio de Janeiro: Graal, 1986.
DAVIS, N. Z. Culturas Do Povo: sociedade e cultura no início da França Moderna. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1990.
DIAS, R. S. História, cultura e sertão. In: BARBOSA, Carla Cristina. Sertão: identidade e religiosidade. Montes Claros: Ed. Unimontes, 2009, pp. 13-42.
DIAS, R. S. Príncipes negros nas festas de brancos: Poder, revolta e identidades escravas nas Minas setecentistas. Almanack Braziliense, v. 2, pp. 114-125, 2011.
DIAS, R. S.; SILVA, C. N. da Revolta negra nas Minas: as insurreições escravas e o imaginário sobre Palmares nos sertões das Minas do Ouro. In: DIAS, Renato da Silva; ARAÚJO, Jeaneth Xavier de. (Org.). Representações do sertão: poder, cultura e identidades. São Paulo: Humanitas, 2013, pp. 45-68.
FIGUEIREDO, L. R. A. Protestos, revoltas e fiscalidade no Brasil Colonial. LPH: revista de história, Ouro Preto, n. 5, 1995.
FIGUEIREDO, L. R. A. Barrocas famílias: vida familiar em Minas Gerais no século XVIII. São Paulo: Hucitec, 1997.
GENOVESE, E. Roll, Jordan, Roll: the world the slave made. New York: Vintage Books, 1976.
GEREMEK, B. O marginal. In: LE GOFF, Jacques. A história nova. São Paulo: Martins Fontes, 1990, pp. 233-248.
GINZBURG, C. O queijo e os vermes: o cotidiano e as idéias de um moleiro perseguido pela Inquisição. São Paulo: Cia. das Letras, 1989.
GUIMARÃES, C. M. Cada venda é um quilombo: escravismo e espaço de rebeldia nas Minas Gerais (século XVIII). In: Anais da V Jornada Setecentista. Anais. Curitiba, 26-28 nov, 2003.
GUIMARÃES, C. M. Mineração, quilombos e Palmares: Minas Gerais no século XVIII. In: REIS, João José; GOMES, Flávio dos Santos (Orgs.). Liberdade por um fio: histórias dos quilombos no Brasil. São Paulo: Companhia das Letras, 1996, pp. 139-163.
HOBSBAWM, E. J. Revolução cultural. In: ____. Era dos extremos. O breve século XX. São Paulo: Companhia das Letras, 1995, pp. 314-336.
HOBSBAWM, E. J. A história de baixo para cima. In: _____. Sobre História. São Paulo: Companhia das Letras, 1998, pp. 216-231.
HOLANDA, S. B. Caminhos e Fronteiras. São Paulo: Companhia das Letras, 1994.
JULLIARD, J. A política. In: LE GOFF, Jacques; NORA, Pierre (Org.). História: novas abordagens. Rio de Janeiro: F. Alves, 1995, pp. 180-196.
KOSELLECK, R. Futuro passado: contribuição à semântica dos tempos históricos. Rio de Janeiro: Editora PUC-Rio/Contraponto, 2006.
LADURIE, E. L. R. Montaillou: cátaros e católicos numa aldeia francesa 1294-1324. Lisboa: Edições 70, 2000.
LE GOFF, J. Documento/monumento. In: _____. História e memória. Campinas: Editora da Unicamp, 1992, pp. 547-8.
LEMOS, C. S.; JULIÃO, L.; ANASTASIA, C. M. J. Dos Bandeirantes aos modernistas: um estudo histórico sobre Vila Rica. Oficina do Inconfidência: revista de trabalho. Ouro Preto: Museu da Inconfidência, 1999, Ano 1, V. 0, dez 1999, p. 17-32.
LENHARO, A. As tropas da moderação: o abastecimento da Corte na formação política do Brasil, 1808-1842. São Paulo: Símbolo, 1977.
MAGALHÃES, B. R. A demanda do trivial: Vestuário, Alimentação e Habitação. In: Revista Brasileira de Estudos Políticos, UFMG, Belo Horizonte, n. 65, jul, 1987.
MATTOSO, K. M. Q. Ser escravo no Brasil. São Paulo: Brasiliense, 1982.
MOURA, C. Dicionário da escravidão negra no Brasil. São Paulo: Editora da USP, 2004.
RIBEIRO, R F. Florestas anãs do sertão – o cerrado na história de Minas Gerais. Belo Horizonte: Autêntica, 2005.
RICOEUR, P. História e verdade. Rio de Janeiro: Forense, 1968.
RUSSELL WOOD, A. J. R. Fidalgos e Filantropos: a Santa Casa da Misericórdia da Bahia, 1550-1755. Brasília: Edunb, 1981.
RUSSELL-WOOD, A. J. R. The black man in slavery and freedom in Colonial Brazil. New York, s/ed.,1982.
SCHMITT, J C. A história dos marginais. In: LE GOFF, Jacques. A história nova. São Paulo: Martins Fontes, 1990, pp. 261- 292.
SCHWARCZ, L. M. O Espetáculo das Raças – cientistas, instituições e questão racial no Brasil 1870-1930. São Paulo: Companhia das Letras, 1993.
SILVA, F. M. Subsistência e poder: a política do abastecimento alimentar nas Minas setecentistas. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2008.
SOBEL, M. The world they made together: black and white values in eighteent-century Virginia. New Jersey: Princeton University Press, 1987.
SOUZA, L. M. Desclassificados do ouro. Rio de Janeiro: Graal, 1982.
SOUZA, M. M. Reis negros no Brasil escravista: história da Festa de Coroação de Rei Congo. Belo Horizonte: Ed. UFMG, 2002, pp. 181-2.
ZEMELA, M. P. O abastecimento da capitania das Minas Gerais no século XVIII. São Paulo: Hucitec: Ed. Da Usp, 1990.
Downloads
Arquivos adicionais
Publicado
15-03-2019
Edição
Seção
Artigos
Licença
Os autores mantém os direitos autorais das ideias contidas nos trabalhos e concedem à revista o direito de publicação. Os autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
Os textos da revista estão licenciados com uma Licença Creative Commons Atribuição-NãoComercial-SemDerivações 4.0 Internacional (CC BY-NC-ND).
