Analogias & Alusões:

a lepra no jornal Pão de Santo Antônio (Diamantina, 1930-1934)

Autores

DOI:

https://doi.org/10.47456/dim.v1i48.36890

Resumo

O presente artigo tem como objetivo acompanhar os discursos sobre a lepra na imprensa da cidade de Diamantina, Minas Gerais, especificamente no jornal católico Pão de Santo Antônio, entre os anos de 1930 e 1934, período em que estava sendo estruturada a política de isolamento compulsório dos acometidos pela doença. A intenção é mostrar que, antes de ser elevada à condição de “flagelo nacional” e se tornar alvo de políticas públicas de saúde, a assistência aos doentes ficou a cargo de instituições privadas confessionais ou laicas, destacadamente das Sociedades de Assistência aos Lázaros e Defesa contra a Lepra. Criada incialmente em São Paulo, a instituição se expandiu por vários estados do Brasil, inclusive para Minas Gerais, em 1931. Argumentamos que a imprensa foi um veículo importante no processo de legitimar as políticas de controle da lepra, de modo especial o isolamento compulsório, já que por ela circularam representações que atribuíram um significado à doença repleto de conotações pejorativas, contribuindo para sua difusão e incorporação ao imaginário social.

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Biografia do Autor

Ramon Feliphe Souza, Programa de Pós-graduação em História das Ciências e da Saúde da Casa de Oswaldo Cruz/Fiocruz

Mestre em História pelo Programa de Pós-graduação em História das Ciências e da Saúde da Casa de Oswaldo Cruz/Fiocruz. Doutorando em História pela mesma instituição. Graduado em Humanidades e História pela Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri – UFVJM.

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Publicado

04-08-2022

Edição

Seção

Edição 48 (2022/1)