Os intelectuais e as representações da identidade latino-americana

Autores

  • Alberto, Marcos Aggio, Pinheiro Universidade Estadual Paulista/Franca, Universidade Estadual Paulista/Franca

Resumo

Ao longo dos dois últimos séculos a questão da identidade latino-americana resultou na elaboração de uma variedade de interpretações sobre a origem, a realidade e o futuro do continente. Neste quadro de múltiplas elaborações, os intelectuais desempenharam papel central na mobilização de referenciais histórico-culturais. Concebidos como consciência crítica das sociedades e responsáveis por apontar os caminhos da comunidade política em que se inserem, coube aos intelectuais o papel de articular e difundir uma imagem capaz de traduzir as contradições e tensões da sociedade latino-americana. Por conta desse protagonismo, as diversas representações identitárias acabaram por se confundir com as próprias transformações ocorridas no campo intelectual, como: a formação de novos ambientes de sociabilidades intelectuais e a expansão do mundo letrado para setores sociais mais amplos da América Latina. Seguindo tal entendimento, o presente artigo se preocupa em apresentar uma trajetória sobre a produção/atuação dos intelectuais a partir da questão das identidades político-culturais latino-americanas. Interessa-nos averiguar como o próprio papel do intelectual na América Latina sofreu alterações ao longo dos dois últimos séculos e, ao mesmo tempo, como tais mudanças exigiram dos mesmos novas interpretações sobre a sua realidade e, mais especificamente, sobre a identidade latino-americana. Neste exercício, destaca-se o envolvimento dos atores sociais com o poder e a ambígua relação com o Estado. Diante desta problemática, é preciso destacar que Revolução e Democracia também interferem nesta complexa equação por meio da qual os intelectuais formulam interpretações sobre o continente.

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Dossiê: Ideia, cultura e política na América Latina