As ciências sociais ao serviço do colonialismo? A Antropologia aplicada, o auge do indigenismo e sua crise no México da segunda metade do século XX

Autores

  • Antonio Carlos Amador Gil Universidade Federal do Espírito Santo

Resumo

Este artigo analisa o processo de consolidação da política indigenista no México pós-revolucionário, na segunda metade do século XX. O processo de construção da identidade nacional mexicana é discutido a partir da análise da produção textual de Gonzálo Aguirre Beltrán, um dos intelectuais mais importantes no processo de construção do pensamento indigenista mexicano. Suas obras foram consideradas referências essenciais. Foram fonte de inspiração para os seus seguidores e o alvo principal dos críticos do indigenismo. Este artigo também demonstra algumas das mudanças e variações que a política indigenista sofreu no decorrer do século XX, analisando os mecanismos de contestação interpostos e os seus desdobramentos. Por isso, o artigo discute a crítica ao indigenismo a partir dos anos de 1970 e alguns desdobramentos críticos contemporâneos, a partir do crescimento da antropologia crítica e dos movimentos autônomos indígenas.

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Dossiê: Ideia, cultura e política na América Latina