Cinema Novo: a antropofagia como modo de produção artístico-cultural – e a condição do artista e intelectual latino americano
Resumo
Este artigo apresenta as últimas reflexões resultantes de tese que tratou das influências do Neo-realismo italiano no surgimento do Cinema Novo brasileiro, no contexto das relações entre a Europa e a América Latina durante a ascensão do chamado “terceiromundismo”, nas décadas de 1960 e 1970. Estudo que conduziu a uma leitura do Movimento como um passo fundamental do intelectual e artista nacional na direção da sua emancipação do “complexo colonial”, augurada por Glauber Rocha, naquele período, e assim interpretada a seguir, em ótica fanonista, por Adelio Ferrero, corroborado por Ismail Xavier. Analisamos, nesta sede, as características e implicações do modo de produção artístico-cultural operado pelos cinemanovistas e o que este diz sobre os processos e a identidade brasileira, em particular do artista e intelectual, ontem como hoje. A perspectiva adotada é a da História Cultural tendo como base as proposições de Luisa Passerini em torno dos estudos da subjetividade no campo histórico, que entende a mesma, grosso modo, como patrimônio herdado e continuamente renovado, num processo em que se entrelaçam criação e repetição.Downloads
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Dossiê: Ideia, cultura e política na América Latina
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