A historicidade do indígena na Capitania do Espírito Santo: a construção da desumanização e a invisibilidade do outro
Resumo
Neste artigo, discutiremos como era tratada, a partir dos escritos europeus, a historicidade das populações indígenas na Capitania do Espírito Santo, entre os séculos XVI e XVIII, por meio da comparação entre a obra de cronistas como Gabriel Soares de Souza, Pedro Gandavo, de jesuítas e de autores do século XIX, como Von Martius, Spix, e Adolfo de Varnhagen. A partir dessa comparação, identificou-se um gradual processo de desumanização dos indígenas por meio do discurso de que aquelas populações não possuíam a capacidade de desenvolvimento histórico próprio. Com isso, verificou-se que, diferente dos paradigmas evolucionistas do século XIX, os indígenas nos primeiros séculos da presença portuguesa, eram pensadoscomo “fósseis vivos”, degenerados pela vivência nas florestas tropicais.Downloads
Não há dados estatísticos.
Downloads
Edição
Seção
Dossiê: Governo, elite e negócios no Atlântico Português
Licença
Os autores mantém os direitos autorais das ideias contidas nos trabalhos e concedem à revista o direito de publicação. Os autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
Os textos da revista estão licenciados com uma Licença Creative Commons Atribuição-NãoComercial-SemDerivações 4.0 Internacional (CC BY-NC-ND).