O PNE 2001-2010 E O PNE 2014-2024: COMPARATIVO SOBRE AS CATEGORIAS APRESENTADAS NAS METAS PARA EDUCAÇÃO INFANTIL E ENSINO FUNDAMENTAL
DOI:
https://doi.org/10.22535/cpe.v0i48.24283Resumen
Este artigo tem o propósito de apresentar as categorias que se mantiveram e/ou foram modificadas para sustentar os conceitos/argumentos sobre as metas da Educação Infantil e do Ensino Fundamental no Plano Nacional de Educação (PNE) de 2014-2024 em relação ao PNE de 2001-2010. A partir da concepção de linguagem bakhtiniana as categorias são concebidas como produtos histórico-sociais traduzidas por enunciados decorrentes da interação entre sujeitos socialmente organizados e com propósitos ideológicos externos ao seu significado imediato. A expressão do que significa o processo de produção de Políticas Educacionais, particularmente em relação aos PNE 2014-2024 e 2001-2010, constituem o resultado possível, dinâmico e contraditório, de relações que só tem significado/sentido quando analisadas a partir do contexto econômico-social e político-ideológico que as constituíram. Por, isso, muito mais do que o registro quantitativo do aumento/redução e/ou do surgimento de novas categorias no PNE de 2014-2024 em relação ao PNE de 2001-2010 para Educação Infantil e Ensino Fundamental pontua-se como a linguagem, enquanto signo, expressa sentidos/significados que contribuem para a materialização do processo de afirmação/negação de determinados conhecimentos, normas e valores para o processo de reprodução e construção social da existência humana. O que se pode apreender das categorias contidas nas metas, artigos e/ou diretrizes em relação a Educação Infantil e ao Ensino Fundamental, dessa forma, é que expressam uma transformação dos discursos nos documentos de Política Educacional, os quais acompanharam a guinada do viés economicista para humanitário, a partir da década de 1990, vinculando-se, portanto, a um projeto de sociedade e de educação pautados nas seguintes categorias: preconceito; violência; discriminação; erradicação de todas as formas de discriminação; vulnerabilidade social; desigualdade étnico-racial; direitos humanos; proteção à infância, adolescência e juventude; qualidade da educação; e avaliação.
Descargas
Citas
BOBBIO, Norberto. Dicionário de Política. 5. ed. Brasília: Editora Universidade de Brasília: Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, 2000.
BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil. Disponível em: http://www.planalto.gov.br; acesso em: 08 abr. 2017.
______. Lei nº 10.172, de 9 de janeiro de 2001. Aprova o Plano Nacional de Educação e dá outras providências. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 2001.
______. Lei nº 13.005, de 25 de junho de 2014. Aprova o Plano Nacional de Educação – PNE e dá outras providências. Brasília: Câmara dos Deputados, Edições Câmara, 2014.
BROTTO, Ivete Janice de Oliveira. Alfabetização: um tema, muitos sentidos. Curitiba, 2008. 238 f. Tese (Doutorado em Educação). Universidade Federal do Paraná – UFPR, 2008.
CURY, Carlos Roberto Jamil. Direito à educação: direito à igualdade, direito à diferença. Cadernos de Pesquisa, n. 116, p. 245-262, julho/2002.
DEITOS, Roberto Antonio. O capital financeiro e a educação no Brasil. Campinas- SP, 2005. 357 f. Tese (Doutorado em Educação - Área de concentração: História, Filosofia e Educação). Faculdade de Educação. Universidade Estadual de Campinas – UNICAMP, 2005.
EVANGELISTA, Olinda. Apontamentos para o trabalho com documentos de política educacional. Disponível no website www.gepeto.ced.ufsc.br . Acesso em: 06 jun. 2017.
FREITAS, Antonio Francisco Ribeiro de. Palavra: signo ideológico. Universidade Federal de Alagoas, Maceió, 1999. Disponível em: www.bocc.ubi.pt . Acesso em: 22 out. 2018.
FRIGOTTO, Gaudêncio. Os circuitos da história e o balanço da educação no Brasil na primeira década do século XXI. Revista Brasileira de Educação, v. 16 n. 46, p. 235-274, jan. abr. 2011.
MORAES, Maria Célia Marcondes de. Recuo da teoria. In: MORAES, M. C. M. de. (Org). Iluminismo às avessas: produção de conhecimento e políticas de formação docente. Rio de Janeiro: DP&A, 2003.
MOREIRA, Jani Alves da Silva; LARA, Ângela Mara de Barros. Políticas Públicas para a Educação Infantil no Brasil (1990 – 2001). Maringá: Editora da Universidade Estadual de Maringá – EDUEM. 2012.
OLIVEIRA, Dalila. A política educacional brasileira: entre a eficiência e a inclusão democrática. Educação e Filosofia, Uberlândia, v. 28, n. especial, p. 225-243, 2014.
SANCHEZ VÁZQUEZ, Adolfo. Filosofia da Práxis. Buenos Aires: Consejo Latino americano de Ciências Sociales – CLACSO; São Paulo, Brasil, Expressão Popular, 2007.
SAVIANI, Dermeval. Política e educação no Brasil: o papel do Congresso Nacional na legislação do ensino. Campinas, SP: Autores Associados, 2006.
SHIROMA, Eneida Oto; CAMPOS, Roselane Fátima; GARCIA, Rosalba Maria Cardoso. Decifrar textos para compreender a política: subsídios teórico-metodológicos para a análise de documentos. PERSPECTIVA, Florianópolis, v. 23, n. 02, p. 427-446, jul./dez. 2005.
Descargas
Publicado
Número
Sección
Licencia
Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución 4.0.
Os artigos publicados na Revista Cadernos de Pesquisa em Educação, estão licenciados conforme CC BY. Para mais informações sobre essa forma de licenciamento, consulte: http://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0