Relações entre espaço, tempo e causalidade na teoria do conhecimento de Kant e os esboços epistemológicos de Nietzsche
DOI:
https://doi.org/10.47456/en.v15i1.41811Keywords:
Conhecimento, Tempo, Espaço, Causalidade, IntelectoAbstract
This article analyses the influence of Kantian epistemology on Nietzsche’s early writings, especially The Birth of Tragedy and On Truth and Lie in an Extra-Moral Sense. The focus is on the notions of space, time and causality, which are examined both in Kant’s Critique of Pure Reason and in Nietzsche’s works. The article shows how the German philosopher incorporated and transformed these ideas in his juvenile epistemological sketch, approaching and distancing himself from Kantian thought at different moments. Nietzsche's approach to Kantian aesthetics (circumscribed by space-time and permeated by causality) was only a starting point for the construction of his unsystematic epistemological outline. In a convergence between knowledge and physiology, Nietzsche's epistemic sketches begin to approach naturalist postulates, transmuted into a sui generis naturalism.
Downloads
References
ALLAIS, L. Manifest reality: Kant's idealism and his realism. Oxford: Oxford University Press, 2015.
ALLISON, H. E. Kant’s Transcendental Deduction: an analytical-historical commentary. Oxford: Oxford University Press, 2015.
ALLISON, H. E. Kant’s transcendental idealism: an interpretation and defense. New Haven: Yale University Press, 1983.
ALLISON, H. E. “Where have all the categories gone? Reflections on Longuenesse’s reading of Kant's Transcendental Deduction: Kant and the capacity to judge”. Inquiry, n. 43, p. 67-80, 2000.
BARBOZA, J. Schopenhauer. Rio de Janeiro: Zahar, 2003.
BARBOZA, J. Apresentação. Estado estético e conhecimento. In: SCHOPENHAUER, Metafísica do belo. Tradução Jair Barboza. São Paulo: Editora UNESP, 2003.
BERGHAUS, P. T. Nietzsche’s Engagements with Kant and the Kantian Legacy. Journal of Nietzsche Studies, v. 52, n. 2, p. 290-296, 1 nov. 2021.
BECK, L. W. A commentary on Kant’s Critique of practical reason. Chicago: University of Chicago Press, 1960.
CACCIOLA, M. L. M. O. Schopenhauer e a questão do dogmatismo. São Paulo: EDUSP, 1994.
CAVALCANTI, A. H. A arte como experiência: a tragédia antiga segundo a interpretação de Nietzsche. In: FEITOSA, C.; BARRENECHEA, M. A.; PINHEIRO, P. (orgs.). Nietzsche e os gregos - arte, memória e educação: assim falou Nietzsche. Rio de Janeiro: DP&A, FAPERJ, UNIRIO; Brasília: CAPES, 2006. p. 49-63.
CHAGAS, F. C. O cânon da razão pura. In: KLEIN, J. T. (org.). Comentários às obras de Kant: Crítica da razão pura. Florianópolis: NEFIPO, 2012. p. 721-746.
DOYLE, T. The Kantian Background to Nietzsche’s Views on Causality. Journal of Nietzsche Studies, v. 43, n. 1, 2012, p. 44-63.
FAGGION, A. Causa-causalidade. Estudos Kantianos, v. 6, n. 2, p. 29-32, 2018.
FICHANT, M. Espaço estético e espaço geométrico em Kant. Analytica, v. 4, n. 2, p. 11-32, 1999.
FONSECA, E. R. Aspectos da leitura e da crítica de Schopenhauer à filosofia de Kant. Kant e-Prints, v. 15, n. 3, 170-191, 2020.
FORNARI, C. M. La morale evolutiva Del gregge: Nietzsche legge Spencer e Mill. Pisa: Edizioni ETS, 2006.
GAYGILL, H. Dicionário Kant. Tradução de Álvaro Cabral. Rio de Janeiro: Zahar, 2000.
HILL, J. Realism and Empiricism in Hume’s Account of Causality. Philosophy, v. 83, n. 326, p. 327-344, out. 2008.
HÖFFE, O. Immanuel Kant. Tradução Christian Viktor Hamm, Valério Rohden. São Paulo: Martins Fontes, 2005.
ITAPARICA, A. L. M. Nietzsche e Paul Rée: O projeto de naturalização da moral em Humano, demasiado humano. Dissertatio, n. 38, p. 57-77, 2013.
KANT, I. Crítica da razão pura. 5. ed. Trad. Manuela Pinto dos Santos e Alexandre Fradique Morujão. Lisboa: Calouste Gulbenkian, 2000.
KOCH, A. F. Espaço e Tempo em Kant e Hegel. Estudos Hegelianos, v. 1, n. 11, p. 57-73, 2009.
LEITER, B. O naturalismo de Nietzsche reconsiderado. Cadernos Nietzsche, n. 29, p. 77-116, 2011.
LINHARES, O. B. Sentido, sensibilidade e intuição: da Dissertação inaugural a Crítica. In: KLEIN, J. T. (org.). Comentários às obras de Kant: Crítica da razão pura. Florianópolis: NEFIPO, 2012. p. 41-70.
LONGUENESSE, B. Kant’s categories and the capacity to judge: response to Henry Allison and to Sally Sedwick”. Inquiry, v. 43, n. 1, p. 91-110, 2000.
NIETZSCHE, F. Wilhelm. Sämtiliche Werke. Kritische Studienausgabe - KSA (Herausgegeben von Giorgio Colli und Mazzino Montinari). Berlin; New York: Walter de Gruyter, 1988. 15 Bänden.
NIETZSCHE, F. Wilhelm. Sämtliche Briefe. Kritische Studienausgabe – KSB (Herausgegeben von Giorgio Colli und Mazzino Montinari). München: Walter de Gruyter, 1986. 08 Bänden.
NIETZSCHE, F. Wilhelm. Humano, demasiado humano: um livro para espíritos livres. Tradução Paulo César de Souza. São Paulo: Companhia das Letras, 2005.
NIETZSCHE, F. Wilhelm. O nascimento da tragédia. Tradução J. Guinsburg. São Paulo: Companhia das Letras, 1992.
RAYMAN, J. Nietzsche on Causation. Journal of Speculative Philosophy, v. 28, n. 3, 2014, p. 327-344.
REMHOF, J. Naturalism, Causality, and Nietzsche’s Conception of Science. Journal of Nietzsche Studies, v. 46, n. 1, 2015, p. 110-125.
RODRIGUES, L. G. Nietzsche e os gregos: arte e mal-estar na cultura. São Paulo: Annablume, 1998.
SANTOS, E. J. Sobre o papel da causalidade na crítica de Schopenhauer à doutrina kantiana das categorias da Crítica da razão pura. 2013. 86 f. Dissertação (Mestrado em Filosofia) - Programa de Pós-Graduação em Filosofia, Universidade Federal do Paraná, Curitiba, 2013.
SCHACHT, R. O naturalismo de Nietzsche. Cadernos Nietzsche, v. 1, n. 29, p. 35-75, 2011.
SCHOPENHAUER, A. O mundo como vontade e representação. Tradução, Apresentação, Notas e Índices Jair Barboza. São Paulo: Editora UNESP, 2005.
SCHOPENHAUER, A. Metafísica do belo. Tradução Jair Barboza. São Paulo: Editora UNESP, 2003.
SCHOPENHAUER, A. Sobre a vontade na natureza. 1. ed. Tradução Gabriel Valladão Silva. Porto Alegre: L&PM, 2013.
SUAREZ, R. Sobre causalidade e natureza em Nietzsche. Revista Trágica: estudos sobre Nietzsche, v. 5, n. 2, p. 84-98, 2012.
TÜRCKE, C. O louco: Nietzsche e a mania da razão. Trad. Antônio Celiomar Pinto de Lima. São Paulo: Vozes, 1993.
WENDLING, W. B. T. Schopenhauer e a metafísica da vontade. Thaumazein, v. 3, n. 6, p. 12-36, 2010.
Downloads
Published
Issue
Section
License
Copyright (c) 2024 Dr. Márcio Luiz, Dr. Ricardo Toledo
![Creative Commons License](http://i.creativecommons.org/l/by/4.0/88x31.png)
This work is licensed under a Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Ao submeter o artigo, resenha ou tradução para a Estudos Nietzsche, o autor cede à revista o direito à primeira publicação do texto, mantendo, contudo, o direito de reutilizar o material publicado, por exemplo, em futuras coletâneas de sua obra.