Inserir o Maranhão na Geografia Oficial do Semiárido: Um Requisito de Justiça Social no Nordeste Brasileiro.

Autores

  • José de Jesus Sousa Lemos UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ
  • Rachel Torquato Fernandes

DOI:

https://doi.org/10.7147/GEO21.11140

Resumo

O estudo tenta mostrar que o semiárido brasileiro é uma região por demais carente. Mesmo o Ministério do Interior considerando que existam municípios do semiárido em oito dos estados do Nordeste excluindo o Maranhão, mas incorporando municípios do estado de Minas Gerais, o estudo também busca mostrar que  pelo menos quinze municípios do Maranhão tem características do semiárido e nesses municípios concentram-se um dos maiores bolsões de pobreza desse ecossistema no Brasil. Utilizam-se dados recolhidos pela Universidade Estadual do Maranhão, do Censo Demográfico do IBGE de 2010 e os PIB dos municípios publicados pelo IBGE em 2012. Utilizam-se os índices de aridez estimados em estudo anterior da Universidade Estadual do Maranhão para os municípios maranhenses que se supõe possuírem características técnicas de semiárido. Estimam-se indicadores sociais de exclusão de educação, renda, água encanada, saneamento e coleta de lixo para todos os municípios. Os resultados mostram que os PIB médios dos municípios do semiárido são bem menores do que aquele dos demais municípios da região Nordeste. A relação entre o maior e o menor PIB per capita do semiárido é de 38,4. As taxas de analfabetismos são elevadas. Assim como o são as privações de acesso à água encanada, saneamento e coleta de lixo. As evidencias do estudo permitem concluir que, em geral, os municípios com características técnicas do semiárido maranhense tem indicadores econômicos, sociais e ambientais piores do que a média dos demais municípios já reconhecidos no semiárido brasileiro.

Palavras Chaves: Semiárido; Exclusão Social; Meio Ambiente.

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Biografia do Autor

  • José de Jesus Sousa Lemos, UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

    Engenheiro Agrônomo, Professor Titular, Coordenador do Laboratório do Semiárido (LabSar) na Universidade Federal do Ceará.

  • Rachel Torquato Fernandes
    Engenheira Agrônoma, Mestre em Agroecologia, Professora do Instituto Federal do Maranhão. Doutoranda pela UNESP-São José do Rio Preto, SP.

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Publicado

08-07-2016

Como Citar

Inserir o Maranhão na Geografia Oficial do Semiárido: Um Requisito de Justiça Social no Nordeste Brasileiro. Geografares, Vitória, Brasil, n. 21, p. 98–112, 2016. DOI: 10.7147/GEO21.11140. Disponível em: https://periodicos.ufes.br/geografares/article/view/11140. Acesso em: 30 dez. 2025.