O Espaço da Ficção:Linguagem, Estética e Política

Autores

  • Eduardo Pellejero Professor de Estética do Departamento de Filosofia da Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Faz parte do Programa de Pós-Graduação em Estudos da Linguagem e do Programa de Pós-Graduação em Filosofia da mesma Universidade. Atualmente desenvolve uma pesquisa no domínio da filosofia (política) da arte

DOI:

https://doi.org/10.7147/GEO23.14826

Palavras-chave:

rasura; cartografia; socius

Resumo

A fragmentação do mundo e do saber sobre o mundo numa série de esferas autônomas constitui a herança – ao mesmo tempo libertadora e alienante – da modernidade. Os seus efeitos são experimentados por nós dos mais diversos modos, no domínio das ciências e das artes, da reflexão filosófica e da práxis histórica. Numerosas tentativas procuraram, e continuam a procurar, responder a essa dispersão, oferecendo um horizonte de sentido através de sistemas conceptuais, modelos de comunicação ou estruturas de administração. Porém, inclusive quando possam considerar certa abertura, essas tentativas sempre implicam um princípio de totalização da realidade pela representação, ou uma referência da linguagem à forma do verdadeiro, ou uma redução da vida à lógica da efetividade. A ficção é ao mesmo tempo menos ambiciosa e mais precária, mas eventualmente pode chegar a nos oferecer uma forma incomensurável de relacionar-nos com a fragmentação do mundo moderno, sem fechá-lo peremptoriamente na conta de nenhum dispositivo de saber-poder nem de forma alguma de consenso. O presente trabalho pretende apresentar alguns conceptos de ficção que, de Nietzsche a Foucault e de Vaihinger a Saer, dão conta da potência do falso.

Palavras-chave: rasura, cartografia, socius;

 

RESUMEN

La ruptura entre el pensamiento de la naturaleza como physis y el pensamiento humano conduce a sufrimientos y equívocos para el hombre en el campo de las subjetividades. Una relación afirmativa con el devenir, en acuerdo con la propuesta de Nietzsche de sabiduría dionisíaca, reconduciría al hombre al camino de la vida trágica - aquella que produce vigor al afirmar el dolor y la diferencia - anulando la falsa oposición hombre/naturaleza. Inspirado en Nietzsche, Deleuze y Guattari proponen combates contra el fascismo de socius, del Estado, del capitalismo - es decir, de los varios territorios de saberes y poderes establecidos - que capturan los cuerpos y anulan sus potencias. Un instrumento para estas luchas es la producción de borraduras contra-fascistas sobre las codificaciones de poder. La cuestión de cómo producir por sí mismos cuerpos sin órganos como una forma de escapar a la organicidad del socius, se hace posible gracias al potencial que la sensación de borrar y redimensionar las cartografías de las subjetividades

Palabras clave:borradura, cartografía, socius

 

ABSTRACT

The rupture between the thought of nature as physis and human thought leads to suffering and confusion for man in the fields of subjectivity. An affirmative relationship with becoming, in accordance with the proposal of Nietzsche's concept of dionysian wisdom, might lead man once again to the path of tragic life - one that produces strength by asserting pain and difference – thus surpassing the false opposition man/nature. Inspired by Nietzsche, Deleuze and Guattari propose fighting against the fascism of the socius, the State, of capitalism and all the dominant discourses of established knowledge and established power that capture body and its will. An instrument for such struggle is the production of counterfascist erasures on the encodings of power. The question of how to produce bodies without organs as a way to escape the organic structure of the socius is made possible by the power of sensation to erase and rediagram the cartographies of subjectivity.

Keywords: erasure, cartography, socius

 

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Publicado

22-12-2016

Como Citar

PELLEJERO, Eduardo. O Espaço da Ficção:Linguagem, Estética e Política. Geografares, Vitória, Brasil, v. 2, n. 22, p. 25–31, 2016. DOI: 10.7147/GEO23.14826. Disponível em: https://periodicos.ufes.br/geografares/article/view/14826. Acesso em: 19 nov. 2024.

Edição

Seção

Proposta de Dossiê Temático