Levantamento fisiográfico dos altos cursos das sub-bacias hidrográficas no maciço cristalino serra da Meruoca, estado do Ceará
DOI:
https://doi.org/10.47456/geo.v1i32.33129Palavras-chave:
Geossistema, Drenagem, Análise ambiental, Maciço da MeruocaResumo
O presente trabalho apresenta levantamento fisiográfico dos altos cursos de bacias e sub-bacias hidrográficas do Maciço da Meruoca, situado na região Noroeste do Estado do Ceará, a partir do processamento digital de imagens de satélite landsat 8, e trabalhos de campo. Utilizou-se o modelo geossistêmico de Bertrand, definindo-se a existência de um geossistema e onze geofácies, cada geofacies representando uma das sub-bacias trabalhadas. A pesquisa permitiu identificar a existência de diferentes ambientes a sotavento e a barlavento do maciço, em termo de solos, relevos, cobertura vegetal e incisão fluvial. Identificou-se também que a maioria dos rios é do tipo intermitente, formando rios de 1ª, 2ª e 3ª ordens. Conclui-se que o geossistema é frágil e vulnerável aos usos e ocupações que vem sofrendo, o que implica em riscos de ocorrência de elevada degradação ambiental.
Downloads
Referências
AB’SABER, A.N. Participação das superfícies aplainadas nas paisagens geomorfológicas do Nordeste do Brasil. Geomorfologia, 19. São Paulo: USP, Instituto de Geografia, 1969.
AB'SABER, Aziz Nacib. O Domínio Morfoclimático Semi-árido das Caatingas Brasileiras. Geomorfologia, São Paulo, n. 43, p. 1-39, 1974.
BERTALANFFY, Ludwig von. Teoria geral dos Sistemas, Trad.: Francisco M. Guimarães. 2. ed. Petrópoles, Vozes: Brasília, INL, 1975.
BERTRAND, G. Paisagem e Geografia Física Global: esboço metodológico. Caderno de Ciências da Terra, n. 13, p. 1-27, 1972.
BETARD, F.; PEULVAST, J.P; CLAUDINO-SALES, V. Caracterizacao morfopedologica de um serra umida no semiarido do Nordeste brasileiro. Mercator, v. 6, p. 107-126, 2007.
BEZERRA, E.C.; BEZERRA, J.E.G.; MENDE, M.F.S. Precipitações. In: IPLANCE: Atlas do Ceará. Fortaleza, p. 18-19, 1989.
BRANDÃO, R.L.; FREITAS, L.C.B. Geodiversidade do estado do Ceará. Fortaleza: CPRM. 2014. 214 p.
BRITO NEVES, B.B. América do Sul: quatro fusões, quatro fissões e o processo acrecionário andino. VII Simpósio Nacional de Estudos Tectônicos, SBG. Bahia. p. 11-13, 1999.
CABY, R.; ARTHAUD, M.H.; ARCHANJO, C.J. Lithostratigraphy and petrostructural characterization of supracrustals units in the Brasiliano Belt of Northeast Brazil: geodynamics implications. IN: SILVA FILHO, A.F.; LIMA, E.S. (eds.). Geology of The Borborema Province. Journal of South America Earth Science. p. 235-246, 1995.
CLAUDINO-SALES, V. Megageomorfologia do Estado do Ceará. São Paulo: Novas Edições Acadêmicas, 2016.
CLAUDINO-SALES, V.; LIRA, M.V. Megageomorfologia do Noroeste do Estado do Ceará. Revista Caminhos de Geografia, v. 12, n. 38, p. 200-209, jun. 2011.
FERNANDES, A. Temas Fitogeográficos. Fortaleza: Stylus Comunicações. p. 116, 1990.
FIGUEIREDO, M.A. A cobertura vegetacional do Ceará: Unidades fitoecológicas. In: IPLANCE: Atlas do Ceará. Fortaleza, p. 28-29, 1997.
GURGEL, S. P. P; BEZERRA, F. H. R.; CORREA, A.C.B.; MARQUES, F O.; MAIA, R. P. Cenozoic uplift and erosion of structural landforms in NE Brazil. Geomorphology, v. 186, p. 68-72, mar. 2013.
INSTITUTO DE PESQUISA E ESTRATÉGIA ECONÔMICA DO CEARÁ (IPECE). Tipos Climáticos. Disponível em: http//ipece.ce.gov.br/atlas. Acesso em: 1º jan. 2016.
LIMA, E.C. A Serra da Meruoca. Revista da Casa de Geografia de Sobral, vol.1, p. 45-49, 1999.
LIMA, E. C. Serras úmidas e secas no sertão do Ceará: estudo comparativo das condições ambientais do maciço de Baturité e a serra das Matas. In: BASTOS, F. H. (Org.). Serra de Baturité uma visão integrada das questões ambientais. Fortaleza: Expressão Gráfica, 2011. p. 223-234.
LIMA, E. C. A Importância das serras cristalinas no semiárido do Nordeste, especialmente no Ceará-Brasil. Revista da Casa de Geografia de Sobral. Sobral, v. 16, n. 1, p. 89-100, 2014.
IMA, E. C; SILVA, E. V. Estudos geossistêmicos aplicados à bacias hidrográficas. Revista Equador, Teresina, v. 4, n. 4, p. 3-20, 2015.
MAIA, R.P., BETARD, F., BEZERRA, F.H. Geomorfologia dos Maciços de Porto Alegre e Martins, NE-Brasil: inversão do relevo em análise. Revista Brasileira de Geomorfologia, v. 17, n. 2, p. 273-285, 2016.
MATOS, R. Tectonic evolution of the Equatorial South Atlantic. American Geophysical Union. Geophysical Monograph, v. 115, p. 331-354, 2000.
MORAIS NETO, J.M., HEGARTY, K.A., KARNER, G.D., ALKIMIN, F.F. Timing and mechanisms for the generation and modification of the anomalous topography of the Borborema Province, northeastern Brazil. Marine and Petroleum Geology, v. 26, p. 1070–1086, 2009.
MOREIRA, M.M.M.A.; GATTO, L.C.S. Geomorfologia. In: Ministério das Minas e Energia. Projeto RADAMBRASIL. Rio de Janeiro, p. 213-252. 1981.
PEULVAST, J.P., CLAUDINO-SALES, V. Stepped surfaces and palaeolandforms in the northern Brazilian nordeste: constraints on models of morphotectonic evolution. Geomorphology, v. 62, p. 89-122, 2004.
SOUZA, M.J.N. Geomorfologia. In: IPLANCE: Atlas do Ceará. Fortaleza, p. 14-15, 1989.
SOUZA, M.J.N. geossistemas e potencialidades dos recursos naturais; serra de Baturité e áreas sertanejas periféricas (Ceará) Fortaleza: UFC/Funceme:1994. 102 p.
STRAHLER, A. Hypsometric (area-altitude) analysis of erosional topography. Geol. Soc. América Bulletin, 1952, p. 1142.
ZANELLA, M. E. Considerações Sobre o Clima e os Recursos Hídricos do Semiárido Nordestino. Caderno Prudentino de Geografia, Presidente Prudente, n. 36, v. Especial, p. 126-142, 2014.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:- Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) (Veja O Efeito do Acesso Livre).