Financeirização do meio ambiente: respostas apresentadas na COP-26 para desacelerar mudanças climáticas

Autores

DOI:

https://doi.org/10.47456/geo.v4i38.44784

Palavras-chave:

meio ambiente, financeirização, COP-26

Resumo

O presente artigo discute a financeirização do meio ambiente, que surgiu em paralelo ao Estado neoliberal. Os estados, ainda que atores centrais, têm perdido cada vez mais protagonismo na formulação e na condução das políticas públicas de proteção ambiental, que buscam mitigar os efeitos das mudanças climáticas. Na primeira parte do artigo, é apresentado o debate teórico acerca da financeirização da natureza. Na segunda parte, analisa-se como essa tendência se materializa. Para tanto, são apresentados os resultados da última Conferência das Partes (COP-26), realizada em Glasgow, no Reino Unido, em novembro de 2021, destacando o Pacto Climático de Glasgow, a Declaração dos Líderes de Glasgow sobre Florestas e o Uso do Solo e Coalizão LEAF.

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Biografia do Autor

Carolina Fernandes, Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro

Mestranda em Geografia no Programa de Pós-Graduação em Geografia da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ). Graduada em Serviço Social pela Universidade Federal Fluminense campus Rio das Ostras (UFF).

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Publicado

28-06-2024

Como Citar

FERNANDES, Carolina. Financeirização do meio ambiente: respostas apresentadas na COP-26 para desacelerar mudanças climáticas. Geografares, Vitória, Brasil, v. 4, n. 38, p. 35–46, 2024. DOI: 10.47456/geo.v4i38.44784. Disponível em: https://periodicos.ufes.br/geografares/article/view/44784. Acesso em: 2 jan. 2025.

Edição

Seção

Dossiê Geografia econômica, neoliberalismo e ecologia política do desenvolvimento