Mortalidade diferencial por causas externas no Brasil no período de 2000 a 2022
DOI:
https://doi.org/10.47456/geo.v4i39.47062Palavras-chave:
causas externas, características sociodemográficas, análise espaçotemporal, BrasilResumo
As causas externas compõem um conjunto heterogêneo, formado por componentes que apresentam determinantes, perfis e tendências diferenciados. O objetivo do trabalho é analisar características sociodemográficas, tendências e distribuição espacial da mortalidade do grupo e principais componentes no Brasil e em suas Unidades Federativas, de 2000 a 2022. Os procedimentos compreendem construção de indicadores, aplicação de método para avaliar tendência e representação espacial dos processos. A mortalidade por causas externas ocupa a quarta posição no total das causas. Seus principais componentes – agressões, acidentes de transporte, quedas e lesões autoprovocadas voluntariamente – apresentam evoluções diversas. As quedas cresceram 322,95% no período; os suicídios, 142,80%; os acidentes, 17,70%; enquanto os homicídios registraram decréscimo de 2,19%. Por sua magnitude e suas consequências para o indivíduo, a família e a sociedade, a mortalidade por causas externas representa importante desafio a ser enfrentado pelos programas de política e saúde pública para prevenção e redução desses agravos evitáveis.
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