Visitação em áreas naturais urbanas: um estudo sobre a atratividade do Parque Estadual do Cocó (Fortaleza, Ceará, Brasill)
DOI:
https://doi.org/10.47456/geo.v3i36.40564Palavras-chave:
unidades de conservação, uso público, áreas verdes urbanas, BrasilResumo
Devido à crescente procura por áreas verdes com condições para o desenvolvimento de práticas de lazer, as Unidades de Conservação (UC) ‒ como os Parques ‒ acabam sendo muito visitadas. No caso da cidade de Fortaleza, o Parque Estadual do Cocó (PEC) é visado para esse fim. Desse modo, o objetivo deste estudo é identificar o perfil do visitante e o raio de atratividade do PEC. Para isso, foram aplicados 233 formulários estruturados com os visitantes que estavam no local. Os formulários foram analisados estatisticamente com o Excel. No cálculo do deslocamento dos visitantes, foi utilizado o Google Maps, por considerar os percursos de deslocamento. A partir disso, foram identificadas a distância mínima de 0,75 km e a máxima de 23,2 km, com 68 bairros como pontos de origem dos visitantes. Verificou-se que o raio de influência do PEC é de 12,14 km, o que evidencia sua relevância como área de lazer.
Downloads
Referências
ALVAREZ, M. M. H.; MOREIRA, J. C.; BURNS, R. C.; ALBACH, V. M. O perfil do visitante do Parque Nacional de São Joaquim (SC): breves considerações. Revista Brasileira de Iniciação Científica (RBIC), Itapetininga, v. 6, n.3, p. 82-94, 2019.
AMATO-LOURENÇO, L. F.; MOREIRA, T. C. L.; ARANTES, B. L de; SILVA FILHO, D. F. de; MAUAD, T. Metrópoles, cobertura vegetal, áreas verdes e saúde. Metrópole e Saúde, Estud. av. 30 (86), 2016.
BELLINASSI, S.; PAVÃO, A.C.; CARDOSO-LEITE, E. Gestão e Uso Público de Unidades de Conservação: um olhar sobre os desafios e possibilidades. Revista Brasileira de Ecoturismo, São Paulo, v.4, n.2, 2011, pp. 274-293.
_______. Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza: Lei n.º 9.985, de 18 de julho de 2000.
CEARÁ. Decreto nº 32.248 de 07 de junho de 2017. Dispõe sobre a criação da Unidade de Conservação Estadual do Grupo de Proteção Integral denominada Parque Estadual do Cocó, no município de Fortaleza e dá outras providências. Diário Oficial do Estado: série 3, ano 9, nº 108, Fortaleza, 8 jun. 2017.
_______. Secretaria do Meio Ambiente do Estado do Ceará. Regulamento das áreas de uso intensivo do Parque Estadual do Cocó. 2019. Disponível em: <https://www.sema.ce.gov.br/wp-content/uploads/sites/36/2019/07/Regulamento-Interno-do-Parque-Estadual-do-coc%C3%B3-oficial.pdf>. Acesso em: 12 dez. 2022.
DINDA, Santanu; GHOSH, Subrata. Perceived benefits, aesthetic preferences and willingness to pay for visiting urban parks: A case study in Kolkata, India. International Journal of Geoheritage and Parks, volume 9, issue 1, pages 36-50. 2021.
ECKERT, N. H.; BRANDLI, L. B. Áreas com potencial natural no Brasil: um ensaio sobre as atividades e os usos. Ambiente Construído, 20 (2) • abr. - jun., 2020.
ELMQVIST, T.; SETÄLÄ, H.; HANDEL, S. N.; VAN DER PLOEG, S.; ARONSON, J.; BLIGNAUT, J. N.; GÓMEZ-BAGGETHUN, E.; NOWAK, D. J.; KRONENBERG, J. K.; DE GROOT, R. Benefits of restoring ecosystem services in urban áreas. Current Opinion in Environmental Sustainability, volume 14, pages 101-108. 2015.
FERMINO, R. C.; REIS, R. S. Variáveis individuais, ambientais e sociais associadas com o uso de espaços públicos abertos para a prática de atividade física: uma revisão sistemática. Revista Brasileira de Atividade Física e Saúde, Pelotas – RS, 18(5):523-535, 2013.
FREIRES, E. V.; GOMES, D. D. M.; DUARTE, C. R.; SABADIA, J. A. B.; SOUTO, M. V. S. Análise socioambiental do entorno do estuário do Rio Cocó – Fortaleza / Ceará. Revista Eletrônica em Gestão, Educação e Tecnologia Ambiental – REGET, v. 18, n. 4, dez. 2014, p.1487-1511, 2014.
GOMES, M. A. S.; NASCIMENTO, J. A. Caracterização da infraestrutura e do perfil dos usuários do Parque Jacarandá em Uberaba – MG. CARACTERIZAÇÃO DA INFRAESTRUTURA E DO PERFIL DOS USUÁRIOS DO PARQUE JACARANDÁ EM UBERABA-MG. Revista Continentes (UFRRJ), ano 10, n. 19, p. 51-77, 2021. Disponível em: <http://www.revistacontinentes.com.br/index.php/continentes/article/view/375>. Acesso em: 02 dez. 2022.
HILDEBRAND, E.; GRAÇA, L. R.; MILANO, M. S. Distância de deslocamento dos visitantes dos parques urbanos em Curitiba – PR. Floresta e Ambiente. v. 8, n. 1, p.76 -83, 2001.
HUNTER, R. F.; CLELAND, C.; CLEARY, A. DROOMES, M.; WHEELER, B. W.; SINNETT, D.; NIEUWENHUIJSEN, M. J.; BRAUBACH, M. Environmental, health, wellbeing, social and equity effects of urban green space interventions: A meta-narrative evidence synthesis. Environment International, volume 130, september. 2019.
LINDOSO, T. A. Unidades de Conservação em áreas urbanas: uma abordagem do uso público no Parque Estadual do Cocó, Fortaleza – CE. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação) – Universidade Estadual do Ceará, Centro de Ciências e Tecnologia, Curso de Geografia, 2020.
MALTA. R. R.; COSTA, N. M. C. Gestão do Uso Público em Unidade de Conservação: a visitação no Parque Nacional da Tijuca - RJ. Revista Brasileira de Ecoturismo, São Paulo, v.2, n.3, 2009, p. 273-294. Disponível em: <https://periodicos.unifesp.br/index.php/ecoturismo/article/view/5860/3730>. Acesso em: 11 dez. 2022.
MOMM-SCHULT, S. I.; FREITAS, S. R.; PASSARELLI, S. H. Uso urbano e serviços ecossistêmicos em áreas protegidas: o caso do Parque Guaraciaba em Santo André (SP). IN: SEMIMÁRIO NACIONAL SOBRE O TRATAMENTO DE ÁREAS DE PRESERVAÇÃO PERMANENTE EM MEIO URBANO E RESTRIÇÕES AMBIENTAIS AO PARCELAMENTO DO SOLO (APP URBANA 2014), 3, 2014, Belém. Anais eletrônicos [...]. Belém. 2014.
PANASOLO, A.; GALVÃO, F.; HIGACHI, H. Y.; OLIVEIRA, E. B.; CAMPOS, F.; WROBLEWSKI, C. A. Percepção dos serviços ecossistêmicos de áreas verdes urbanas de Curitiba/PR. BIOFIX Scientific Journal, v. 4, n. 1, p. 70-80. 2019.
ROCHA, M. B.; ROCHA, T.; MICELI, B.; COSTA, P. M. M. da. Análise do Perfil dos Visitantes em uma Unidade de Conservação: o caso do Parque Nacional da Tijuca. Research, Society and Development, v. 8, n. 2, 2019. Disponível em: <https://www.rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/775>. Acesso em: 16 dez. 2022.
SANTOS, R. D.; BANDEIRA, T. V.; CRUZ, M. L. B.. Análise das políticas de uso do Parque Estadual do Cocó. Revista da Casa da Geografia de Sobral (RCGS), v. 21, n. 2, Dossiê: Estudos da Geografia Física do Nordeste brasileiro, p. 696-715. 2019.
SOUZA, P. C.; MARTOS, H. L. Estudo do uso público e análise ambiental das trilhas em uma unidade de conservação de uso sustentável: Floresta Nacional de Ipanema, Iperó – SP. Revista Árvore (Impresso), v. 32, nº 1, 2008. Disponível em: <https://www.scielo.br/j/rarv/a/Vmdc6cmry5LrymnhsdYmYSv/?lang=pt#>. Acesso em: 16 dez. 2022.
TAKAHASHI, L. Y.; Caracterização dos visitantes, suas preferências e percepções e avaliação dos impactos da visitação pública em duas Unidades de Conservação do Estado do Paraná. Tese (Doutorado em Ciências Florestais) - Curso de Pós-Graduação em Engenharia Florestal, Setor de Ciências Agrárias, Universidade Federal do Paraná, 1998.
VALLEJO, L. R. Uso público em áreas protegidas: atores, impactos, diretrizes de planejamento e gestão. Revista Eletrônica Uso Público em Unidades de Conservação, Niterói, v. 1, nº 1, 2013.
VOLANOVA, S. R. F.; CHICHORRO, J. F.; ARRUDA, C. A. S. de. Disposição a pagar pelo uso de unidades de conservação urbanas: parque da cidade Mãe Bonifácia, Cuiabá-MT. Interações, Campo Grande, v. 11, n. 1, p. 43-53, 2010.
WANG, F.; XU, Y. Estimating O–D travel time matrix by Google Maps API: implementation, advantages, and implications, Annals of GIS, 17:4, 199-209, 2011.
WANG, P.; ZHOU, B.; HAN, L.; MEI, R. The motivation and factors influencing visits to small urban parks in Shanghai, China. Urban Forestry & Urban Greening, 60 (2021) 127086127086. 2021.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2023 Geografares
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License. Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
- Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) (Veja O Efeito do Acesso Livre).