Histoire, causes et caractéristiques du climat semi-aride du Nordeste du Brésil

Auteurs

DOI :

https://doi.org/10.47456/geo.v3i37.41515

Mots-clés :

climat semi-aride, revue de littérature, Nordeste du Brésil

Résumé

Le climat semi-aride est la caractéristique de la région Nordeste qui la distingue le plus et détermine de nombreuses autres caractéristiques qui lui sont associées. Depuis la colonisation, le climat du Nordeste du Brésil a été utilisé comme paramètre pour façonner son occupation, son développement et ses relations avec les autres régions du pays. En raison de cette importance, beaucoup a été dit, spéculé et étudié sur le climat semi-aride, en particulier sur sa caractéristique plus impactante sur la vie humaine: la sécheresse. L'objectif de ce travail est de discuter des causes et des caractéristiques de la semi-aridité, compte tenu de ce qui a déjà été étudié sur le sujet, en utilisant une revue de littérature comme méthodologie. Cette discussion débouche sur un point de départ pour ceux qui veulent en savoir plus sur le climat de la région et une mise à jour nécessaire pour ceux qui ont des idées fausses à son sujet et sur les facteurs qui causent ses caractéristiques particulières.

Téléchargements

Les données relatives au téléchargement ne sont pas encore disponibles.

Bibliographies de l'auteur

Flávia Ingrid Bezerra Paiva Gomes, Instituto Federal do Ceara - IFCE

Professora do Curso de Geografia do Instituto Federal do Ceará - Campus Quixadá. Doutoranda e bacharela em Geografia pela Universidade Federal do Ceará. Mestra em Desenvolvimento e Meio Ambiente (PRODEMA-UFC). Especialista em Educação Profissional e Tecnológica pelo Instituto Federal do Ceará. Interesses em pesquisa nas áreas de Climatologia, Conforto Térmico Humano, Vulnerabilidade Socioambiental, Meio Ambiente e Geomorfologia.

Maria Elisa Zanella, Universidade Federal do Ceará

Possui graduação em Geografia pela Universidade Federal do Paraná (1987), mestrado em Organização do Espaço pela Universidade Estadual Paulista Rio Claro (1992) e doutorado em Meio Ambiente e Desenvolvimento pela Universidade Federal do Paraná (2006). Participou como Bolsista de Estudos no Exterior na modalidade Docente no âmbito do Programa de Cooperação Internacional CAPES/AULP (2015). Atualmente é professora da graduação e pós-graduação em Geografia e PRODEMA da Universidade Federal do Ceará. É Vice-Coordenadora do Mestrado do PRODEMA (Programa de Desenvolvimento e Meio Ambiente- UFC). Também foi Pesquisadora Pq do CNPq. Tem experiência na área de Geociências, com ênfase em Climatologia Geográfica e Meio Ambiente, atuando principalmente nos seguintes temas: climatologia urbana, clima e saúde, eventos extremos, impactos pluviais, risco e vulnerabilidade 

Références

AB’SABER, A. N. Dossiê Nordeste seco. Estudos avançados. v. 13. n. 36, p. 5-59, 1999.

AB’SABER, A. N. O domínio morfoclimático semi-árido das caatingas brasileiras. Geomorfologia, n. 43, p. 1-3, 1974.

ALMEIDA, J. A. de. A Paraíba e seus problemas. Brasília: Senado Federal/Fundação Casa de José Américo, 1994.

AMORIM, B. de. Caracterização de mudanças paleoclimáticas no Nordeste do Brasil utilizando modelagem hidrológica. Tese. Programa de Pós-Graduação em Geoquímica Ambiental da Universidade Federal Fluminense. 208p. 2008.

AMORIM, M. C. C. T. Nota de pesquisa: Métodos e Técnicas de Pesquisa em Climatologia Geográfica. Revista Geografia em Atos (Geoatos online), v. 03, n. 10, p. 255-260, 2019.

ARAÚJO, S. M. S. de. A região semiárida do nordeste do Brasil: Questões Ambientais e Possibilidades de uso Sustentável dos Recursos. Rios Eletrônica- Revista Científica da FASETE. Ano 5 n. 5. 2011.

BEHLING, H.; ARZ, H. W.; PÄTZOLD, J. e WEFER, G. Late Quaternary vegetational and climate dynamics in northeastern Brazil, inferences from marine. Quaternary Science Reviews, v. 19, p. 981-994, 2000.

CASTRO, I. E. de. Da Seca como Tragédia à Seca como Recurso. Velhos e Novos Recursos, Velhos e Novos territórios.In: Anuário do Instituto de Geociências. 17. 1994.

CAVALCANTI, E. P.; SILVA, E. D. V. Estimativa da temperatura do ar em função das coordenadas locais. In: Congresso Brasileiro de Meteorologia, 7.; Congresso Latinoamericano e Ibérico de Meteorologia, 2. Anais... Belo Horizonte: Sociedade Brasileira de Meteorologia, 1994. p. 154-157.

CAVALCANTI, I. F. A.; AMBRIZZI, T. Teleconexões e suas influências no Brasil. In: CAVALCANTI, I. F. de A. et al. (org.). Tempo e Clima no Brasil. São Paulo: Oficina de textos, 2009. cap. 20, p. 317-332.

CORREIA, R. C; KIILL, L. H. P; MOURA, M. S. B. de; CUNHA, T. J. F; JESUS JUNIOR, L. A. de; ARAUJO, J. L. P. A região semiárida brasileira. In: VOLTOLINI, T. V. (Ed.). Produção de caprinos e ovinos no Semiárido. Petrolina: Embrapa, 2011.

CRUZ, F.W. et al. Orbitally driven east-west antiphasing of South American precipitation. Nature Geoscience, 2, 210-214. 2009.

EMBRAPA – Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária. Precipitação e Evaporação no Bioma Caatinga. 2021. Disponível em: <https://www.embrapa.br/agencia-de-informacao-tecnologica/tematicas/bioma-caatinga/clima/precipitacao-e-evaporacao>. Acesso em 10 de Junho de 2023.

FERREIRA, A.G.; MELLO, N.G.S. Principais sistemas atmosféricos atuantes sobre a região Nordeste do Brasil e a influência dos oceanos pacífico e Atlântico no clima da região. Revista Brasileira de Climatologia, ACLIMA, ano 1, dez. 2005.

GOMES, F. I. B. P; ZANELLA, M. E. Reflexões acerca dos impactos naturais e sociais esperados em decorrência das mudanças climáticas no semiárido brasileiro. Journal of Hyperspectral Remote Sensing. v.11, n.6. Disponível em: <https://periodicos.ufpe.br/revistas/jhrs/issue/view/3299>. 2021.

GONDIM, J. FIOREZE, A. P. ALVES, R. F. F. E SOUZA, W. G de. A seca atual no Semiárido nordestino – Impactos sobre os recursos hídricos. In: Parc. Estrat. Brasília-DF. v. 22. n. 44. p. 277-300. 2017.

INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA - IBGE. Censo Demográfico 2010. Rio de Janeiro: IBGE, 2011

INSTITUTO INTERAMERICANO DE COOPERAÇÃO PARA AGRICULTURA. Projeto Áridas. Disponível em: <https://books.google.com.br/books?id=NO8qAAAAYAAJ&pg=PA5&hl=ptBR&source=gbs_toc_r&cad=3#v=onepage&q&f=false>. 1993. Acesso em 25 de Maio de 2023.

KANE R. P. Prediction of droughts in Northeast Brazil: Role of ENSO and use of periodicities. Int J Climatol 17:655–665. 1997.

KAYANO, M. T.; ANDREOLI, R. V. Clima da região Nordeste do Brasil. In: Tempo e clima no Brasil. Cavalcanti, I. F. de A. (Org). São Paulo: Oficina de Textos, 2009.

LIMA, R. C. C.; CAVALCANTE, A. M. B.; PEREZ-MARIN, A. M. Desertificação e mudanças climáticas no semiárido brasileiro. Campina Grande: INSA-PB. 209p. 2011.

LUCENA, R.L; FERREIRA, A. M; FERREIRA, H. F. P. de A; STEINKE; E. T. Variabilidade climática no município de Caicó/RN: secas e chuvas num arquétipo do clima semiárido do nordeste brasileiro. CLIMEP – Climatologia e Estudos da Paisagem. V.8. n.2. julho/dezembro/2013, p. 67.

MARENGO, J. A. Mudanças climáticas globais e seus efeitos sobre a biodiversidade: caracterização do clima atual e definição das alterações climáticas para o território brasileiro ao longo do século XXI. Brasília, DF: MMA, 2006. 202 p.

MARENGO, J.A., ALVES, L.M., BESERRA, E.A., LACERDA, F.F. Variabilidade e mudanças climáticas no semiárido brasileiro, In: Recursos hídricos em regiões áridas e semiáridas. Instituto Nacional do Semiárido, Campina Grande, 2011.

MARENGO, J; CUNHA, A. P. e ALVES, L. A seca de 2012-15 no semiárido do Nordeste do Brasil no contexto histórico. Climanalise. 04. 49-54. 2016.

MATALLO JUNIOR, H. Indicadores de Desertificação: histórico e perspectivas. Brasília: UNESCO, 2001

MEDEIROS, S. de S. et al. Sinopse do censo demográfico para o semiárido Brasileiro. Campina Grande: INSA, 2012.

MENDONÇA, F; DANNI-OLIVIERA, I. Climatologia: noções básicas e clima do Brasil. Oficina de Textos, São Paulo, 2007, 206p.

MOLLE, F. Perdas por evaporação e infiltração em pequenos açudes. Série Brasil. SUDENE.Hidrologia. Recife, série. 25, 1989. p. 11-70.

MOLION, L. C. B.; BERNARDO, S. de O. Uma revisão da dinâmica das chuvas no Nordeste brasileiro. Revista Brasileira de Meteorologia, v.17, n.l ,1- 10, 2002.

MONTENEGRO, A.A.A; MONTENEGRO, S.M.G.L. Olhares sobre as políticas públicas de recursos hídricos para o semiárido. In: GHEYI, H. R.; VITAL, P. S. P; MEDEIROS S. DE S; GALVÃO, C. DE O. Recursos hídricos em regiões semiáridas. Campina Grande. Instituto Nacional do Semiárido, 2012, 258p.

MOURA, M. S. B. DE; SOBRINHO, J. E.; SILVA, T. G. F. Aspectos meteorológicos do semiárido brasileiro. In: XIMENES, L. F.; SILVA, M. S. L. da; BRITO, L. T. de L. (orgs.). Tecnologias de convivência com o semiárido brasileiro. Banco do Nordeste do Brasil. Fortaleza: BNB, 2019.

NIMER, E. Circulação atmosférica do Nordeste e suas consequências: o fenômeno das secas. In: Climatologia do Brasil. Rio de janeiro: IBGE, 1979.

NIMER, E. Climatologia da Região Nordeste. In: Climatologia do Brasil. Rio de janeiro: IBGE, 1979.

OLIMPIO, J. L. S. Análise multicritério do Risco de Desastres Naturais: um estudo sobre a seca na região Nordeste do Brasil. Tese. Universidade Federal do Ceará. Programa de Pós-Graduação em Geografia. Fortaleza, 2017.

OLIVEIRA, C. M. S.; VIANNA, P. J. R. Desenvolvimento regional: 50 anos do BNB. Fortaleza: Banco do Nordeste do Brasil, 2005. 340p.

OLIVEIRA, P. E.; BARRETO, A. M. F.; SUGUIO, K. Late Pleistocene/Holocene climatic and vegetational history of the Brazilian caatinga: the fossil dunes of the middle São Francisco River. Palaeogeography, Palaeoclimatology, Palaeoecology, v. 152, p. 319-337, 1999.

PEREIRA, D. S. P. ; FORMIGA-JOHNSSON, R. M. Descentralização da gestão de recursos hídricos em bacias nacionais no Brasil. Revista de Gestão de Águas da América Latina, Santiago, v. 2, n. 1, p. 53-72, 2005.

PETERSON, L. C. e HAUG, G. H. Variability in the mean latitude of the Atlantic Intertropical Convergence Zone as recorded by riverine input of sediments to the Cariaco Basin (Venezuela). Palaeogeography, Palaeoclimatology, Palaeoecology, v. 234, p. 97– 113, 2006.

PROGRAMA DAS NAÇÕES UNIDAS PARA O DESENVOLVIMENTO - PNUD. IDHM. 2013. Disponível em: <http://www.atlasbrasil.org.br/ranking>. Acesso em 07 de Maio de 2023.

RAMALHO, M. F. de J. L. A fragilidade ambiental do Nordeste brasileiro: o clima semiárido e as imprevisões das grandes estiagens. Sociedade e Território, Natal, v. 25, n. 2, edição especial, p. 104-115, jul./dez. 2013.

RIBEIRO, Rafael Winter. Seca e Determinismo: a Gênese do Discurso do Semi-árido Nordestino. Anuário do Instituto de Geociências - UFRJ. v. 22. 1999.

ROOSEVELT, A. C. et al. The migrations and adaptations of the first americans: Clovis and Pré-Clovis viewed from South America. In: The First Americans: The Pleistocene Colonization of the New World. [N. G. Jablonski (Ed.)]. Memoirs of the California Academy of Sciences, 27, 159-235, San Francisco. 2002.

SANTANA, A.S. de, SANTOS, G.R. dos. Impactos da seca de 2012-2017 na região semiárida do Nordeste: notas sobre a abordagem de dados quantitativos e conclusões qualitativas. IPEA. (Boletim regional, urbano e ambiental, 22). 2020.

SANTOS, J. de S. Ocupação humana, caatinga, paleoambientes e mudanças ambientais nos setores nordestinos. João Pessoa: JRC Gráfica, 2009.

SIFEDDINE, A. et al. A 21000 cal years paleoclimatic record from Caçó Lake, nrthern Brazil: evidence from sedimentary and pollen analyses. Paleogeography, Paleoclimatology, Paleoecology, v. 168, p. 25-34, 2003.

SUASSUNA, J. A pequena e média açudagem no semi-árido nordestino: uso da água na produção de alimentos. Disponível em: <https://www.gov.br/fundaj/pt-br/destaques/observa-fundaj-itens/observa-fundaj/artigos-de-joao-suassuna>. Acesso em Junho de 2023.

SUDENE. Relatório Final do grupo de trabalho para delimitação do Semiárido.Ministério da Integração Nacional. 2017. 429p. Disponível em: <https://www.gov.br/sudene/pt-br/centrais-de-conteudo/relatoriosemiarido-pdf>. Acesso em: 10 de Junho de 2023.

SUDENE. Relatório Final Preliminar para delimitação do Semiárido. Ministério do Desenvolvimento Regional. 2021. 272p. Disponível em: <https://www.gov.br/sudene/pt-br/centrais-de-conteudo/02semiaridorelatorionv.pdf>. Acesso em 20 de Mai de 2023.

TURCQ, B. et al. Accumulation of organic carbon in five Brazilian Lakes during the Holocene. Sedimentary Geology, v. 148, p. 310-342, 2002.

UTILDA, G. Variações paleoambientais e paleoclimáticas durante o Holoceno no Rio Grande do Norte a partir do estudo de registros geoquímicos de sedimentos de lagos e cavernas. Tese. Programa de pós-graduação em Geoquímica e Geotectônica. Universidade de São Paulo. 2016.

VERHEYE, W. H. Land use, land cover and soil sciences. EOLSS Publ., 2009.

WANG, X. et al. Wet periods in Northeastern Brazil over the past 210 kyr linked to distant climate anomalies. Nature, 432, 740-743. 2004.

WHITTLESEY, Derwent. O Conceito Regional e o Método Regional. In: Boletim Geográfico. n 154, ano 1960, p. 5-36.

ZANELLA, M. E. Considerações sobre o clima e os recursos hídricos do semiárido nordestino. Caderno Prudentino De Geografia, 1 (36). 2014. P. 126-142.

Téléchargements

Publiée

01-12-2023

Comment citer

FLÁVIA INGRID BEZERRA PAIVA GOMES; MARIA ELISA ZANELLA. Histoire, causes et caractéristiques du climat semi-aride du Nordeste du Brésil. Geografares, Vitória, Brasil, v. 3, n. 37, p. 209–233, 2023. DOI: 10.47456/geo.v3i37.41515. Disponível em: https://periodicos.ufes.br/geografares/article/view/41515. Acesso em: 19 déc. 2024.