Microplásticos no corpo humano: um percurso investigativo no ensino médio para despertar a consciência ambiental
Microplastics in the human body: an investigative path in high school to raise environmental awareness
DOI:
https://doi.org/10.47456/hb.v6i3.47002Palabras clave:
microplásticos, ensino de Biologia, alfabetização científica, metodologias ativas, Ensino por investigaçãoResumen
Este relato de experiência descreve uma sequência didática investigativa aplicada em uma turma da 2ª série do Ensino Médio de uma escola pública do Espírito Santo, com foco na problemática dos microplásticos no corpo humano. A proposta partiu da questão norteadora “Como os microplásticos chegam ao nosso corpo?”, articulando conteúdos de ecologia, saúde pública e educação ambiental. A metodologia envolveu três etapas principais: tempestade de ideias, para levantamento de hipóteses iniciais; sala de aula invertida, em que os estudantes realizaram pesquisas em diferentes fontes de informação e apresentaram resultados em sala; e produção de infográficos, visando à sistematização e expressão criativa do conhecimento construído. A análise qualitativa dos dados, com base na técnica dos Núcleos de Significação, revelou três eixos interpretativos: perplexidade diante do invisível, quando os alunos demonstraram surpresa ao reconhecer a possibilidade de contaminação interna por microplásticos; o corpo como espaço de contaminação, à medida que associaram o tema ao cotidiano e à própria saúde; e responsabilidade crítica, com indícios de postura reflexiva e propositiva frente ao problema ambiental. Os resultados evidenciam que o ensino por investigação promoveu maior engajamento, protagonismo discente e apropriação crítica de conceitos científicos, ainda que tenham sido identificadas lacunas na mobilização de noções já trabalhadas, como a bioacumulação. Conclui-se que a experiência contribuiu para a alfabetização científica ao estabelecer conexões significativas entre ciência, ambiente e sociedade, reforçando a importância de metodologias ativas no ensino de Biologia para a formação de sujeitos críticos e responsáveis.
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