Eugenia, organicismo e esquizofrenia: diagnósticos psiquiátricos sob a lente de Antônio Carlos Pacheco e Silva, nas décadas de 1920-40

Autores

  • Gustavo Querodia Tarelow Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo
  • André Mota Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo

Resumo

Esse estudo objetiva compreender como as concepções eugênicas no Brasil, concebidas como uma ciência da raça, ganharam destaque no meio médico ao longo das décadas de 1920 e 1940, influenciando a formulação de diagnósticos, propostas de legislações e de técnicas terapêuticas. Para isso, a Psiquiatria será aqui entendida como uma especialidade médica, em face com sua dimensão eugênica no âmbito da chamada “Higiene Mental”, que propunha uma série de técnicas indo de ações de saúde pública capazes de influenciar na conformação do indivíduos até a “melhoria da raça”, como a esterilização dos “degenerados”. O psiquiatra A. C. Pacheco e Silva, que dentre outros cargos foi diretor do Hospital do Juquery e catedrático da Faculdade de Medicina da USP, difundiu muitos desses pressupostos ao estudar e exercer sua atividade médica no tratamento de indivíduos considerados com transtornos mentais. Exemplarmente, apresentou quadro de determinados diagnósticos como o de “Esquizofrenia”, a partir de perspectivas organicistas e eugênicas.

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Dossiê:História da Saúde e das Doenças