Vivência de violência e comportamento de risco para acidente de trânsito entre adolescentes rurais quilombolas e não quilombolas do semiárido baiano

Autores

  • Etna Kaliane Pereira da Silva Faculdade de Medicina - Universidade Federal de Minas Gerais
  • Natália Farias Barbosa Instituto Multidisciplinar em Saúde - Universidade Federal da Bahia
  • Danielle Souto de Medeiros Instituto Multidisciplinar em Saúde - Universidade Federal da Bahia

Palavras-chave:

Adolescente, Exposição à Violência, Acidentes de trânsito

Resumo

Este estudo objetiva descrever a vivência de violência e comportamentos de risco para acidentes de transporte terrestre entre adolescentes rurais de Vitória da Conquista - BA, segundo gênero e local de residência (comunidade quilombola e não quilombola). Estudo transversal de abordagem domiciliar, realizado em 2015 com 390 adolescentes. As situações de violência e os comportamentos de riscos analisados referiam-se aos 30 dias anteriores a entrevista. A insegurança no trajeto escola/trabalho e na escola/trabalho foi encontrada em 6,0% e 7,1%, respectivamente, com maiores prevalências entre quilombolas 9,0% e 12,1%, quando comparado entre não quilombolas 3,7% e 3,2% (p-valor<0,05). Agressão por adulto da família foi relatada por 4,6%, 0,3% envolveram-se em brigas com arma de fogo e 1,3% com arma branca. Dos que andaram de carro, 45,9% usaram cinto de segurança nunca/raramente ou às vezes e dos que andaram de moto, 47,7% usaram capacete nunca/raramente ou às vezes, comportamentos mais prevalentes nos quilombolas. Entre os menores de 18 anos de idade, 17,2% dirigiram veículo motorizado com maior prevalência entre os meninos. O adolescente quilombola apresentou maior vulnerabilidade em relação às vivências de violência e comportamentos de risco para acidentes, evidenciando a necessidade de ações e políticas específicas para esse grupo populacional.

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Publicado

09-02-2021