EDUCAÇÃO, DECOLONIALIDADE E QUILOMBO

POSSIBILIDADES PARA A TRANSGRESSÃO DOS CURRÍCULOS E DAS PRÁTICAS EDUCATIVAS

Autores/as

  • Lívia Barbosa Pacheco Souza Universidade do Estado da Bahia
  • Iran Alves da Silva Universidade Estadual do Maranhão
  • André Ricardo Antonovicz Munhoz Faculdade de Ciências Sociais Aplicadas de Cascavel - UNIVEL, FCSAC
  • Marttem Costa de Santana Universidade Tecnológica Federal do Paraná
  • José Antonio da Silva Universidade Gregoriana de Roma
  • Creide do Nascimento Silva de Paula Azevedo Universidade Federal de Mato Grosso
  • Carlos Alberto Feitosa dos Santos Universidade Ibirapuera
  • Ricardo Ferreira Vale Universidade Federal de Ouro Preto
  • Hellyegenes de Oliveira Universidade Estácio de Sá
  • Darlon Alves de Almeida Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Farroupilha

DOI:

https://doi.org/10.55470/relaec.39735

Palabras clave:

Quilombo, Decolonialidade, Educação, Práticas educativas

Resumen

O texto situa-se no âmbito da investigação da eficácia presente em uma educação decolonial objetivando romper com o conservadorismo nas áreas através do ensino com histórias de resistências e intervenção de quilombos. Para tal, utiliza-se uma pesquisa qualitativa com revisão bibliográfica a fim de melhor fundamentar o desenvolvimento dos argumentos neste artigo. De fato, a história e epistemologias na contemporaneidade sobre a resistência negra e os movimentos de defesa de seus direitos tem sido muito debatida entre os teóricos da decolonialidade, bem como, tem articulado revisionismos das narrativas e dos símbolos que configuram as identidades e os sentidos de mundo de representação para os herdeiros da diáspora africana. Por isso entende-se que as implicações contextuais presente neste trabalho, busca-se entender os impactos dos pensamentos decoloniais na construção das narrativas dos movimentos negros sobre as comunidades quilombolas e como esses fatores constroem uma educação decolonial não conservadora.

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Publicado

14-12-2022