GESTÃO SOCIAL, TERREIROS DE CANDOMBLÉ E POLÍTICAS PÚBLICAS

Autores

  • Marcelo Barros dos Santos Universidade Federal da Bahia

DOI:

https://doi.org/10.55470/relaec.48903

Palavras-chave:

Gestão Social, Candomblé, Políticas Públicas

Resumo

O presente ensaio discute os diálogos entre a Gestão Social, os Terreiros de Candomblé e as Políticas Públicas no Brasil. Parte-se do pressuposto de que os terreiros são espaços de resistência, produção cultural e religiosidade afro-brasileira, historicamente marginalizados pelo Estado e pela sociedade. A Gestão Social, enquanto campo que privilegia a participação democrática, o diálogo intercultural e a construção coletiva de soluções, surge como uma lente teórico-prática potente para analisar os desafios enfrentados pelos terreiros frente às políticas públicas. O texto aborda as tensões entre laicidade, racismo religioso e invisibilização institucional, destacando experiências de articulação política e de reconhecimento de direitos culturais e territoriais. Por fim, propõe caminhos de fortalecimento dos vínculos entre a gestão pública participativa e os saberes ancestrais dos terreiros, visando a equidade e a justiça social.

Biografia do Autor

  • Marcelo Barros dos Santos, Universidade Federal da Bahia

    Graduação em Direito pela Universidade Estácio de Sá. Coordenador DAS-3 do Governo do Estado da Bahia. Kota Lembasilengeemba do Nzo Onimboyá.

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Publicado

18-06-2025