Ritos e tradição do musseque nas águas da chuva
Resumo
Resumo: O artigo apresenta uma leitura da primeira “estória” de Luuanda (2006), Vavó Xixi e seu neto Zeca Santos, do angolano José Luandino Vieira, buscamos identificar, por meio da junção espaço/personagem, os símbolos que constituem a cidade literária Luuanda. Partindo das concepções de espaço, cidade e seus símbolos, nossa pesquisa destaca a representação ritualística em que personagens e espaço unem-se para preparar a chegada da nova cidade Luuanda. Ler as estórias que compõem o livro, é ler esses espaços, seus símbolos e sua simbologia. Nesse movimento, apoiamo-nos nas contribuições de Bakhtin (1993) e Lotman (1978) – cronotopia, e Lins (1976) que inscreve a personagem como espaço. Assim, ao trazer a marca da cidade Luanda inscrita no título, o autor nos solicita uma nova leitura da capital de Angola. Remapeamos a cidade, guiados pelos personagens, que em Luuanda, estão misturados ao espaço e aos símbolos míticos da natureza, com destaque para a chuva.
Palavras-chave: Literatura Angolana; Espaço; Cidade; Cronotopo; Rito.
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